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Politica Brasil
Quarta - 04 de Fevereiro de 2015 às 19:07

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Reprodução/TV Globo
Venina Velosa da Fonseca prestou depoimento na audiência de terça-feira
Venina Velosa da Fonseca prestou depoimento na audiência de terça-feira

O Ministério Público Federal (MPF) informou que a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca foi dispensada das demais audiências de testemunhas de acusação da Operação Lava Jato, sobre corrupção na Petrobras. O MPF alega que as informações oferecidas pela gerente não contribuem nas demais ações penais do processo.

A série de audiências comandadas pelo juiz federal Sérgio Moro começou na segunda-feira (2). Na terça (3), Venina depôs no processo que envolve executivos da Engevix. A princípio, ela iria prestar depoimento em outras quatro audiências de ações das empresas denunciadas pela sétima fase da operação.

A sétima fase da operação policial, deflagrada em novembro de 2014, teve como foco executivos e funcionários de nove grandes empreiteiras que mantêm contratos com a Petrobras em um valor total de R$ 59 bilhões.

Venina era gerente executiva da Diretoria de Refino e Abastecimento da Petrobras e foi subordinada do ex-diretor Paulo Roberto Costa, réu no processo. Ela diz que alertou a diretoria e a presidente da empresa, Graça Foster, sobre as irregularidades em contratos da estatal. A funcionária foi transferida para a Ásia após denunciar o esquema de corrupção e, posteriormente, foi afastada.

No depoimento prestado na terça, a gerente atribui a “escalada de preços” nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, à não aprovação de um novo modelo de contratação na Petrobras pelo então diretor de Serviços da estatal, Renato de Souza Duque.

Venina afirmou que, à época do projeto para construção da Abreu e Lima, era discutido na empresa um novo modelo de contratação, coordenado por um gerente jurídico, que tornaria mais eficaz a responsabilização de construtoras por eventuais prejuízos.

Segundo a gerente, a escalada de preços na refinaria começou “na medida em que essa estratégia de contratação, de um novo modelo de contrato, não foi aprovada, e o diretor [Renato] Duque tomou para ele a questão do cronograma e da execução, ficando com a área de negócio a questão do acompanhamento orçamentário".

A defesa de Duque, representada pelo advogado Alexandre Lopes de Oliveira, declarou ao G1que seu cliente "não cometeu nenhuma irregularidade em licitação".

Também durante o depoimento, Venina afirmou que Paulo Roberto pediu a antecipação da entrega da Refinaria Abreu e Lima “com a justificativa de que os equipamentos críticos com prazo maior a indústria teria dificuldade de fornecer, porque existia uma premissa de conteúdo nacional”.

Terceiro dia
Na audiência desta quarta, deverão ser ouvidas testemunhas arroladas no processo que envolve executivos da construtora OAS.

Estão previstos os depoimentos de Marcio Adriano Anselmo, delegado da Polícia Federal que coordena a Lava Jato; os consultores da Toyo Setal Augusto Ribeiro de Mendonça Neto e Júlio Grein de Almeida Camargo; Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, e Leonardo Meirelles, apontado como laranja do doleiro por meio do laboratório Labogen.

A sétima etapa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), foi deflagrada em novembro e culminou na abertura de seis ações penais contra executivos de empreiteiras, além de ex-diretores da estatal e pessoas acusadas de operar o esquema de pagamentos de propina.

Os executivos são ligados às empresas Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia, OAS, Camargo Corrêa e UTC.





Fonte: Do G1

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