ANIVERSÁRIO
Nortelândia completa 61 anos de emancipação

Criado em 16 de Dezembro de 1953, e emancipado em 05 de Fevereiro de 1954, o município de Nortelândia completa 61 anos de emancipação politico administrativa nesta quinta-feira (05.02), período em que experimentou o auge e a decadência econômica baseada na extração de diamantes, atividade responsável pelo povoamento do vilarejo encravado no Chapadão do Parecis.

Durante décadas a cidade viveu do garimpo de pedras preciosas, que movimentou muitos milhões de reais, mas que chegou ao fim na década de 90, mergulhando-se numa grave crise econômica que foi responsável pelo êxodo populacional.

A partir daí lideranças politicas e empresariais passaram a investir na pecuária e na agricultura como fonte de renda e a buscar outros caminhos para alavancar a economia local. O emprego público e privado passou a ser a principal fonte econômica da cidade que hoje conta com cerca de 7 mil habitantes.

Desde 2009, a administração municipal do prefeito Neurilan Fraga, vem trabalhando outras alternativas de renda para a população, incentivando por exemplo, a agricultura familiar e a organização de produtores em cooperativa, bem como arranjos produtivos ligados ao setor de confecções, artesanato e pequenas agroindústrias.

A infraestrutura da cidade sofreu um salto altamente positivo, transformando e impulsionando a construção civil com a construção e reforma de novas casas, instalações públicas, áreas de lazer, pavimentação asfálticas, entre outras.

“Teremos o orgulho de comemorar mais um aniversário com muitos resultados positivos colhidos de nossas ações, visto que os projetos e o novo modelo de gestão que foram implantados estão surtindo efeito, transformando a cidade e a vida das pessoas” destacou Neurilan Fraga.

A cidade vive um novo momento na sua história desde 2009 quando o atual governo municipal deu inicio a uma política arrojada de transformação da economia através de projetos agroindustriais que são tocados por uma cooperativa criada com incentivo do executivo, e hoje representa uma ferramenta importante nesta nova visão de governo. Nasceram negócios que impulsionaram a economia rural como o leite pasteurizado e o frango Coopermisa, e outros ainda serão criados com a instalação da fábrica de doces, do mini laticínio, da fabrica de ração, e etc. O meio rural nunca foi tão assistido como nestes três anos de administração, ao receberem tratores, técnicos, profissionais como médico veterinário e engenheiro agrônomo para orientar as atividades econômicas nas propriedades rurais, além de estradas em ótimas condições de tráfego.

A economia foi impulsionada com a abertura de novos postos de trabalho através do balcão de empregos que inseriu no mercado regional mais de 300 pessoas, sem contar homens e mulheres que atuam nos projetos Japuíra (IS MARY JEANS), João de Barro, e Sementeia, por exemplo.

A questão estrutural da cidade também não foi deixada de lado e obras essenciais foram feitas para mudar o aspecto do município, que recebeu novas casas populares, ruas asfaltadas, novas praças, prédios públicos recuperados, áreas de lazer como o campo de futebol socyte no Bairro Joaquim da Silva, a Quadra Gazim e a Quadra Poliesportiva da Escola Júlio Praxedes no Bairro Bandeirantes, a Praça das Crianças no Centro da Cidade, entre várias outras.

Na saúde foram adquiridas novas ambulâncias e veículo para transporte de pacientes que fazem tratamento em outras cidades, criado programa de saúde bucal, e ainda o aumento dos itens de remédios disponíveis na farmácia básica, contratação de mais médicos e técnicos de saúde, construção e reforma de postos de saúde e a melhoria na qualidade do atendimento a saúde pública.

Enfim, a cidade avançou significativamente neste período e a população ganhou com a melhoria na prestação dos serviços públicos, principalmente na área econômica.

Está em andamento a construção de um mini laticínio, de uma fabrica de ração e de um frigorifico de peixes que faz parte de um grande projeto de incentivo a piscicultura, que prevê um investimento de R$ 16 milhões de reais.

“Estou certo de que estamos no caminho certo, temos feito muito e ainda há muito o que ser feito” disse o prefeito.

História do município de Nortelândia

Na tentativa de se restabeleceram os primórdios dos Municípios do Norte Matogrossense, é forçado retroceder com o estudo até os tempos da descoberta da cédula mater da civilização do Oeste-Cuiabá.

As levas que partiram de Cuiabá para todos os quadrantes, dominando por igual o índio ea natureza, que se rivalizavam em ferocidade exterminadora, escreveram páginas de heroísmo que se lhes poderia atribuir a beleza do horrível. O ouro e o diamante eram os vigorosos estímulos que os impulsionavam à procura de novas manchas: tão logo, os minérios preciosos escasseavam nas catas superficiais, por inperícia ou deficiência de meios apropriados. Dessa fase, iniciada em 1931 são as descobertas de Sant’Ana da Chapada, Sararé, Galera e Arinos.

Conta-se que Antônio Pinheiro de Faria, sertanista ousado, ter-se-ia descoberto ouro nas cabeceiras do Arinos, e para lá, enviou Antônio Almeida Falcão, os seus filhos Paschoal e José, que, de Mato Grosso, procuraram o Jaurú, pelo qual rodaram até sua barra, transmontando, em seguida, o Paraguai. Possivelmente essa penetração, ocorrida em 1745, pisou por primeiro as terras do atual Município de Nortelândia, sem que, entretanto, lhe entremostrassem as gemas preciosas, que foram descobrir bem mais ao norte, no Arraial de Santa Isabel.

Em 1747, Antônio Pinto de Azevedo, igualmente palmilhou essa mesma região, um pouco ao Sul, onde, erigiu o Arraial de Nossa Senhora do Parto, próximo à atual Cidade de Diamantino. Mais uma vez se esconderam aos bandeirantes as minas de Nortelândia, fato que se repetiria por muitos anos. Com a abertura da exploração das minas diamantíferas que se achavam interditadas, descobriram a de São Joaquim, no Rio Sant ‘Ana, franqueada ao público em 1815, esta, já na região de Nortelândia.

A abertura da navegação pelo Rio Arinos ao Pará, ensejou novas incursões pelo município através, das águas do Paraguaizinho e Santana, e que, serviram de estrada natural de penetração para se atingir o afluente amazônico.

Em 1937, aportava à região o baiano José Lúcio de Oliveira (Por alcunha “MACAUBA”), por ser originário dessa Cidade da Bahia, juntamente com seus familiares.

Tomando posse da extensa área de terras, que abrangia, inclusive, a atual sede do município, José Lúcio estabeleceu-se com criação de gado vacum e lavouras. Na sua esteira vieram os demais povoadores: Aparicio Soares, Aderaldo Marques, Apolinário Hipólito dos Santos, Francisco Alves de Andrade e outros, os quais se revelaram as minas de Santana às margens do Rio homônimo, repetindo-se a corrida desenfreada dos garimpeiros, para o novo “Eldorado”.

A corrutela que, de imediato levantaram, ampliou-se em próspero povoado. Dezenas de habitações rústicas, com cobertura de palha, se multiplicaram de improviso, rastreando-se de imediato os comerciantes e as meretrizes, os aventureiros e os capangueiros, dando ao povoado estabilidade à sombra da expansão dos garimpeiros e a outros pontos em que, igualmente, se revelou o diamante econômicamente explorável.

O município foi criado pela Lei nº 712, de 16-12-1953, tendo por sede a antiga povoação de Santana, elevada à categoria de Cidade, sob a denominação de Nortelândia. Teve seus limites retificados pela Lei nº 370, de 31-07-1954.

O nome de Nortelândia foi sugerido pelo autor da Lei de criação do município, depois de ouvidos os principais habitantes da povoação de Santana, visando a perpetuar no topônimo a inestimável cooperação de Nortistas e Nordestinos no povoamento da região.

Gentílico: nortelandense

Formação Administrativa

Elevado à categoria de município e distritos com a denominação de Nortelândia, pela lei estadual nº 712, de 16-12-1953, desmembrado do município de Diamantino. Sede no atual distrito de Nortelândia (ex-povoado de Santana). Constituído do distrito sede. Instalado em 05-02-1954.

Em divisão territorial datada de 1 de Julho-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15 de Julho de 1999.