Ex-ministro Paulo Bernardo deve depor à Justiça como testemunha
O ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo deverá depor como testemunha de defesa do diretor-presidente da UTC, Ricardo Pessoa, à Justiça Federal. Pessoa responde pela acusação de ser líder do “clube” de empreiteiras que fraudava licitações da Petrobras, e está preso em Curitiba desde a deflagração da sétima etapa da Operação Lava Jato.
A audiência está marcada para o dia 5 de março na Justiça Federal em Curitiba, às 11h, quando também devem ser ouvidas outras testemunhas de defesa.
O G1 tentou contato com a assessoria de Paulo Bernardo, mas não conseguiu falar com nenhum representante do ex-ministro.
“Este juízo tem muitas dúvidas acerca da pertinência em ouvir o ex-Ministro. De todo modo, apenas para evitar alegações de cerceamento de Defesa, intime-se referida testemunha para que compareça a este Juízo”, afirmou o juiz Sergio Moro no despacho.
O pedido de oitiva de Paulo Bernardo havia sido feito quando foi apresentada a defesa prévia do acusado – trâmite processual que antecede as audiências. No entanto, o juiz Sergio Moro havia pedido mais explicações sobre a convocação, para evitar que as testemunhas fossem arroladas "com propósitos meramente abonatórios" e sem conhecimentos de "fatos relevantes para o julgamento".
Além de Bernardo, a defesa de Pessoa queria ainda como testemunhas os deputados federais deputados federais Arlindo Chinaglia (PT-SP), Paulinho da Força (SD-SP), Jutahy Junior (PSDB-BA), Jorge Tadeu Mutalen (DEM-SP) e Arnaldo Jardim (PPS-SP), além do ministro da Defesa Jacques Wagner.
O juiz negou estes pedidos alegando que a defesa tornou a não fornecer justificativa para as convocações. Moro concedeu, no entanto, novo prazo para que as razões sejam apresentadas. "Não se trata aqui de exigir que a Defesa adiante sua tese, mas pelo menos, a fim de não comprometer o tempo útil deste Juízo e das referidas autoridades públicas, que pelo menos esclareça se elas tem ou não conhecimento relevantes sobre os fatos que constituem o objeto da impuração", sustenta Moro
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