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Meio Ambiente
Quinta - 05 de Março de 2015 às 23:37

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Jake Bryant/Nature)
Pesquisadores medem liberação de dióxido de carbono de raízes de árvores no Parque Nacional Tambopata, no Peru, logo depois da seca de 2010
Pesquisadores medem liberação de dióxido de carbono de raízes de árvores no Parque Nacional Tambopata, no Peru, logo depois da seca de 2010

Cientistas concluíram que o ritmo em que as árvores da Amazônia "inalam" carbono por meio da fotossíntese pode diminuir durante os períodos de seca severa.

Pela primeira vez, uma equipe internacional de pesquisadores, liderados por especialistas da Universiade de Oxford, na Inglaterra, apresentaram provas diretas sobre essa queda do consumo de carbono.

"Florestas tropicais são conhecidas popularmente como os 'pulmões' do planeta. Aqui, mostramos pela primeira vez que durante secas severas a taxa de 'inalação' do carbono pela fotossíntese pode diminuir", diz o pesquisador Christopher Doughty, um dos autores da pesquisa.

"Essa queda no consumo de carbono não diminui as taxas de crescimento, mas significam um aumento nas mortes das árvores" nos anos seguintes à seca.

Psquisador mede diâmetro de árvore da Amazônia no Peru (Foto: Jake Bryant/Nature)Pesquisador mede diâmetro de árvore da Amazônia no Peru (Foto: Jake Bryant/Nature)

Com a morte das árvores, elas se decompõem, aumentando ainda mais as concentrações de dióxico de carbono na atmosfera, segundo Doughty, o que pode acelerar as mudanças climáticas durante as secas tropicais.

Os cientistas mediram, durante três anos, as taxas de crescimento das árvores, a quantidade de folhas caídas e a liberação de dióxido de carbono pelas árvores. Uma grande seca ocorreu bem no meio do estudo, em 2010.

Foi possível constatar, então, que enquanto a taxa de fotossíntese permaneceu constante nas áreas que não haviam sido afetadas pela seca, essa taxa caiu nos lugares mais afetados pelo fenômeno.

A rede Monitoramento de Ecossistemas Globais (GEM), coordenada pela Universidade de Oxford, deve continuar a acompanhar as florestas nas Américas, Ásia e África para verificar como elas são afetadas pelas mudanças climáticas.





Fonte: Do G1

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