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Meio Ambiente
Sexta - 06 de Março de 2015 às 04:22

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Um coala australiano olha para uma câmera colocada em seu recinto no zoo de Sydney  (Foto: David Gray/Reuters)

Exemplar de coala que vive em zoológico de Sydney, na Austrália (Foto: David Gray/Reuters)

Autoridades da Austrália sacrificaram cerca de 700 coalas no sudeste do país devido à superpopulação, o que teria dificultado os exemplares a encontrarem alimentos , segundo informações do departamento ambiental do estado de Vitória.

De acordo com Lisa Neville, porta-voz do governo local os animais foram submetidos à eutanásia entre 2013 e 2014.

“A intervenção foi necessária para evitar o sofrimento dos coalas, porque eles não foram capazes de encontrar comida suficiente”, explicou.

Ela afirma que 686 animais foram encontrados debilitados e foram sacrificados por veterinários após consultas com especialistas.

Apesar da população de coalas na região de Cabo Otway ter aumentado, o animal é considerado ameaçado de extinção nas últimas décadas em várias partes do país.

Para Deborah Tabart, da Fundação Coala Australiano, o que foi feito é algo “chocante”. Ela estima que existam cerca de 100 mil animais na natureza. “O governo deveria pendurar sua cabeça de vergonha pelo que fez”, disse.

Imagem de 9 de abril mostra exemplar de coala "desolado" em uma área que abrigava uma floresta de pinheiros, que foi destruída (Foto: Reprodução/Facebook/Wirex)Animais estão ameaçados de extinção na Austrália
(Foto: Reprodução/Facebook/Wirex)

Migração provocou superpopulação
A população de animais em Cabo Otway, que fica perto da rota turística chamada de Great Ocean Road, aumentou desde a década de 1980 após o deslocamento de coalas da Ilha French.

O local foi um refúgio seguro para os bichos quando chegaram perto da extinção devido à caça excessiva, no início do século passado.

Mas na década de 1980, a população aumentou muito e foi necessária a transferência para Cabo Otway, explica Desley Whisson, especialista da Universidade Deakin.

Sem predadores naturais, como águias, a quantidade de animais foi aumentando. Frank Fotinas, morador da região, disse que o abate dos coalas nunca foi feito em segredo.

Ele defende as mortes, já que, segundo Fotinas, os animais viviam em extrema miséria. “Eles cheiravam a morte”, disse. “Foi horrível testemunhar”.





Fonte: Da France Presse

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