Acusado de crime na Baixada pode ser expulso do PSD
O presidente regional do PSD-RJ, Indio da Costa, vai convocar os 14 membros da Executiva Regional para designar um relator para o processo disciplinar aberto contra Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor, prefeito de Japeri, na Baixada Fluminense. Candidato à reeleição, ele pode ser expulso do partido após ser acusado pela Polícia Civil de ser o mandante do assassinato de um adversário político. Timor será intimado a se defender antes da decisão da legenda. O crime foi cometido em maio de 2011, mas o suposto envolvimento do prefeito no crime só veio à tona na última terça-feira, após reportagem exibida pela TV Globo.
Durante as investigações do homicídio, a polícia apreendeu um pen drive que continha imagens dos vereadores José Alves do Espírito Santo e José Valter de Macedo recebendo maços com notas de R$ 50 das mãos do prefeito. Para a polícia, os dois recebiam propina de Timor para não abandonarem a base do governo na Câmara de Vereadores da cidade, localizada a 70 quilômetros da capital. O PSB também instaurou processo disciplinar contra a dupla, que será intimada a se defender. Membros da Executiva Regional, porém, dão como certa a expulsão deles.
Caso sejam expulsos de seus partidos antes das eleições, marcadas para 7 de outubro, os três não poderão disputar o pleito. Todos negam as acusações.
O Ministério Público do Rio (MP-RJ) informou que o gabinete do procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, recebeu na quarta-feira cópias do inquérito que apurou o assassinato do comerciante André da Silva Conceição, então com 39 anos, que teria sido morto a mando de Timor. Por ser prefeito, ele tem foro privilegiado e só pode ser investigado por Lopes. O mesmo acontece com os dois vereadores, já que o benefício é previsto em lei estadual.
Os dois vereadores estiveram nesta quinta-feira na Câmara. Em discursos no plenário da Casa, disseram que o dinheiro que receberam de Timor (R$ 6 mil cada um, segundo eles) era para pagamento de dívidas.
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