Marinha conclui maior operação de vigilância da sua história
A maior operação de vigilância das águas territoriais brasileiras realizada até agora pela marinha de guerra do país terminou nesta sexta-feira após seis dias de tarefas em que mobilizou grande parte de sua frota e inspecionou mais de mil embarcações.
Desde que a nova edição da chamada "Amazônia Azul" começou no dia 1º de março e até a terça-feira passada, os navios da marinha inspecionaram 865 embarcações, das quais 123 receberam notificações por diferentes tipos de irregularidades.
De acordo com o balanço parcial divulgado nesta sexta-feira, no exercício de fiscalização e combate a ilegalidades foram imobilizadas 22 embarcações, em uma das quais sua carga foi apreendida.
A operação também permitiu a detenção de uma pessoa que estava foragida da Justiça.
A força desdobrada nos últimos seis dias para fiscalizar os 8.500 quilômetros do litoral atlântico brasileiro e os rios e lagos do país, que incluiu 15.000 militares, 50 embarcações, 10 aeronaves e 200 lanchas de ação rápida, transformou esta operação na maior da história da marinha do Brasil.
Por sua importância econômica, a região sudeste do país foi a que concentrou a maior quantidade de navios dedicados à patrulha das águas territoriais.
Pelo menos 30 embarcações operaram em frente ao litoral do sudeste brasileiro, onde estão os estados mais povoados, as principais bacias petrolíferas do país e o estratégico porto de Santos, o maior da América Latina.
"Na área de jurisdição do Primeiro Distrito Naval (com sede no Rio de Janeiro) está concentrada grande parte da produção de petróleo e gás do Brasil", afirmou o capitão de corveta Thales da Silva Barroso Alves, comandante do navio patrulha oceânico Apa, um dos utilizados na operação.
"Outro tema é a pesca e a proteção da vida humana no mar para que a navegação possa ser feita com segurança", acrescentou Alves.
Batizada de "Amazônia Azul" em referência à riqueza e biodiversidade dos mares brasileiros, a operação foi realizada pelo segundo ano consecutivo.
Além de fortalecer a vigilância nas águas territoriais, a operação também serve como ferramenta de preparação e treinamento dos militares.
"Todas as tarefas que fazemos individualmente em nosso dia a dia se concentram agora em um esforço único, por um determinado período de tempo e envolvendo toda a extensão territorial brasileira e todos os distritos navais", detalhou o comandante.
Segundo Alves, a operação também serve como preparação para as operações realizadas em grandes eventos, como os Jogos Olímpicos que o Rio de Janeiro organizará em 2016.
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