Temer classifica de 'absolutamente inviável' impeachment de Dilma Para o vice-presidente, afastamento seria 'quebra da institucionalidade'. Peemedebista representou a presidente da República em evento em BH.
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), disse em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (13), que o pedido de parte da população pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é "absolutamente invíavel". Na avaliação do peemedebista, um eventual impeachment da chefe do Executivo seria uma "quebra da institucionalidade".
"A história do impeachment, eu nem falo dela. Porque é uma coisa, ao meu modo de ver, absolutamente inviável e impensável. Isso é uma quebra da institucionalidade, que não é útil para o país. Se o país passa uma ou outra dificuldade, você supera esta dificuldade, mas não pensa nesta hipóteses", disse o vice-presidente durante a apresentação do balanço da campanha "Justiça pela paz em casa", que combate a violência doméstica.
Sobre as manifestações previstas para acontecerem em todo o país no próximo domingo (15), Temer disse que as considera legítimas. "Não há coisa melhor para a democracia do que manifestação. Mas é evidente que ela deve ocorrer nos termos pacíficos e sem agredir pessoas e patrimônios", ressalta.
Temer representou a presidente no evento do Judiciário porque Dilma cancelou sua participação. De acordo com o Palácio do Planalto, ela mudou a agenda devido a problemas de saúde de sua mãe, Dilma Jane, que vive com a presidente no Palácio da Alvorada.
O evento organizado na capital mineira contou com a participação da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmen Lúcia, do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, e de outras autoridades.
Justiça pela paz em casa
O balanço dos trabalhos realizados pelos Tribunais de Justiça do Brasil na campanha “Justiça pela paz em casa” foi apresentado na manhã desta sexta-feira (13), no Palácio da Justiça, em Belo Horizonte. A campanha mobilizou magistrados e servidores de todo o país para o julgamento de ações relacionadas à violência doméstica contra a mulher.
De acordo com a ministra do STF, Carmem Lúcia, as ações intensivas na última semana para cumprir mandados de prisão e apreensão serviram como teste para uma nova postura dos tribunais de justiça. Segundo a ministra, a intenção é combater de forma efetiva a violência doméstica contra a mulher. “Toda forma de violência é grave e precisa ser punida. Não se mata um homem por ele ser homem. Mas se mata mulheres diariamente pelo simples fato de elas serem quem são. Isso precisa e será combatido”, afirma.
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), considera as ações dos tribunais, bem como a lei sancionada recentemente, do feminicídio, que caracteriza crime contra a mulher como hediondo, um grande avanço. “Acho um marco importante para o reconhecimento da mulher nos termos da constituição, pois esta diz que homens e mulheres são iguais em direitos e deveres”.
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