'Quem rouba milhões, mata milhões', diz procurador da Operação Lava-Jato
Miriam Leitão foi a Curitiba para entrevistar o jovem procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador, no Ministério Público Federal, da Operação Lava-Jato. “Temos uma janela histórica para o combate à corrupção e não podemos fechá-la”, disse Dallagnol.
Aos 33 anos, Dallagnol comanda a investigação do maior escândalo do país, que apura a corrupção envolvendo empreiteiras, doleiros, políticos e funcionários de alto escalão da Petrobras. “Hong Kong, depois de uma série de medidas anticorrupções, passou a estar entre os 17 países mais transparentes do mundo. Para se ter uma ideia, o Brasil está em 69º”, afirma o procurador.
Ele falou sobre o pacote anticorrupção apresentado pelo Ministério Público ao Congresso Nacional. “O nosso parâmetro para lidar com a corrupção deve ser o crime de homicídio”, disse. “Quem rouba milhões, mata milhões”, afirmou Dallagnol a Miriam Leitão.
O procurador explicou como funciona o sistema de delação premiada e disse que o Brasil não pode perder a chance histórica de fortalecer as instituições a partir do crime de corrupção, que considera hediondo: “Quando a gente fala que a corrupção é um crime hediondo, é que ela rouba a comida, o remédio e a escola do brasileiro”.
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