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Politica Brasil
Sexta - 27 de Março de 2015 às 13:10

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Policiais que vasculharam o apartamento de Andreas Lubitz em Düsseldorf encontraram pistas significativas que indicam que o copiloto da Germanwings sofria de doença psicológica, entre elas documentos indicando a presença dele em tratamento psiquiátrico e notas destruídas de dispensa médica — inclusive para o dia do acidente. No entanto, não se trata de uma carta de suicídio, assim como não foi achada qualquer relação com extremismo religioso.


De acordo com um comunicado emitido pelos investigadores alemães, o copiloto tinha um atestado médico para não trabalhar no dia do desastre. Ele também teria destruído registros de médicos que indicavam que ele não estava bem o suficiente para o serviço. Não foi informado o teor das condições médicas das quais Lubitz sofria.

"O teor das notas, incluindo a destruída que o daria dispensa para o dia, mostram que ele estaria escondendo a doença de seus empregadores", diz a nota.

Preocupado com o andamento das investigações, o premier francês, Manuel Valls, pediu que a Lufthansa (matriz da Germanwings) entregue todos os dados que possua sobre Lubitz para o governo francês.

O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, disse na quinta-feira que Lubitz só foi capaz de voltar a treinar depois de ter tido sua adequação "restabelecida", em 2008. O presidente da Associação de Pilotos da Aviação Civil, Ilja Schultz, pediu que não fossem tomadas "conclusões apressadas sobre o episódio antes da leitura das duas caixas-pretas".

SUPOSTO ROMPIMENTO COM NOIVA

Algumas descobertas vieram à tona depois de policiais terem feito buscas na noite de quinta-feira no apartamento de Lubitz em Düsseldorf, além da casa em que o copiloto de 27 anos morava com os pais em Montabaur, ao norte de Frankfurt. Vários itens foram retirados, incluindo caixas e um computador, das duas propriedades.

Segundo o tabloide alemão "Bild", Lubitz teria rompido o relacionamento que mantinha com a noiva, com quem estaria junto há sete anos. Foi apontado um dia antes que eles estariam prontos para se casar no ano que vem.
O copiloto estaria passamento por um tratamento de um ano e meio, e um especialista teria recomendado que ele fosse reavaliado pela empresa por conta de "problemas emocionais". Ele ainda estava em tratamento, supostamente até o dia do acidente.

O jornal "Bild "também se refere a registros médicos confidenciais para afirmar que o copiloto passou por um "episódio fortemente depressivo", e que foi por isso que ele se interrompeu seu treinamento por vários meses, em 2008. O "Bild" também aponta que a escola da Lufthansa no Arizona, onde Lubitz treinou, teria considerado o jovem "não apto para voo".





Fonte: O Globo

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