Justiça concede resposta a Serra em propaganda de Haddad na TV
A Justiça eleitoral de São Paulo concedeu direito de resposta do candidato a prefeito de São pelo PSDB, José Serra, no programa do adversário do PT, Fernando Haddad. Segundo decisão do juiz Marco Antonio Martin Vargas, proferida na noite desta terça-feira, Serra ganhará dois minutos e 26 segundos no começo do programa eleitoral de Haddad, na televisão, durante sua exibição noturna.
De acordo com a sentença, no último dia 14 de setembro, a campanha de Haddad mostrou em vídeo que conta a história do caminhoneiro José Machado, que espera há um ano na fila da saúde paulistana para uma cirurgia de catarata.
Em entrevista, Serra questionou a doença (alegando que era pterígio e não catarata), episódio que foi retomado recentemente na campanha de Haddad, após o jornal O Estado de São Paulo publicar, no dia 13, laudo médico confirmando a catarata no caminhoneiro.
A campanha petista afirmou em seu programa que o candidato tucano "tratou como mentiroso" Machado. Segundo o juiz, "o questionamento sobre a real doença do sr. José Machado não pode ser utilizado como um ataque às declarações deste cidadão, mas sim, e tão somente, para esclarecer a população sobre qual seria o motivo da espera na fila de cirurgia".
Contudo, o juiz Vargas pede que Serra utilize seu direito de resposta apenas para que ele "explane sobre a diferença das doenças" e "para que esclareça diretamente ao sr. José que não teve a intenção de humilhá-lo e desmoralizá-lo".
Procurada, a campanha de Haddad afirmou através de nota que: "O caminhoneiro teve seu sigilo médico violado, conforme revelou jornal O Estado de S.Paulo em 28 de agosto de 2012, na tentativa de desqualificar seu testemunho a respeito da demora de atendimento cirúrgico na rede de saúde municipal. Na sequência, José Serra acusou a campanha petista de montar uma "farsa" e mostrar uma "mentira" no programa, com base no suposto diagnóstico único de pterígio. Em 13 de setembro, o próprio jornal O Estado de S. Paulo publicou os laudos médicos os quais demonstram que o paciente sofre de tanto de catarata e quanto de pterígio".
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