Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sexta - 24 de Abril de 2015 às 08:22

    Imprimir


O promotor Marco Aurélio Castro, que representa o Ministério Público nas audiências de instrução da “Operação Imperador”, disse que o esquema poderia ter sido desbaratado há cinco anos. Segundo ele, o ex-secretário-geral da Assembleia Legislativa, Edemar Nestor Adams, negociava com o Gaeco (Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado) uma delação premiada quando acabou falecendo supostamente em decorrência de uma doença degenertaiva.

Edemar morreu em outubro de 2010. Ele fazia tratamento contra um câncer raro na médula, mas no dia da morte foi ao hospital com problemas no intestino. Ele chegou a passar por cirurgia, mas sofreu uma parada cardíaca durante o procedimento.

“A morte do senhor Edmar Adams, não cabe eu questionar. Mas o fato é que depois que a pessoa descobre que o Gaeco estava investigando e começa a entabular na conversa com o Ministério Público a possibilidade de uma delação premiada, vem a falecer”, declarou o promotor ao sair do segundo dia de audiência na Sétima Vara Criminal. Ele insinuou que o "braço direito" do ex-presidente José Riva (PSD) pode ter sido uma queima de arquivo.

Marco Aurélio pontuou que a não confissão de Edemar atrasou, mas não atrapalhou a coleta de provas por parte do Ministério Público. “Se ele não fizesse a delação premiada com o Ministério Público, estaria sentado no banco dos réus hoje”, disse.

O promotor colocou Edemar como o elo entre os empresários que firmavam contrato com a Assembleia e o ex-deputado José Riva. “A grande questão é que era usado como homem de confiança para receber 80% deste contrato que lesou o patrimônio público em R$ 62 milhões”, assinalou.

A “Operação Imperador”, deflagrada pelo Gaeco, combate fraudes na Assembleia Legislativa do Estado. De acordo com denúncia do Ministério Público Estadual, o esquema consistia na compra simulada de produtos de escritório e papelaria.

O Ministério Público apontou que os empresários ficavam com apenas 20% do contrato, enquanto o restante era devolvido a Edemar Adams, que fazia o pagamento de dívidas do ex-presidente da Assembleia com agiotas e factorings.





Fonte: Folha Max

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/411908/visualizar/