Em reunião com relator do PLS 236/12, senador Pedro Taques, líderes expuseram preocupação com aspectos do texto e que é preciso mais discussão
Em Cuiabá, evangélicos cobram mudanças e mais prazo para votação do novo Código Penal
Mais de 50 líderes evangélicos de Cuiabá (MT) se reuniram na manhã desta segunda-feira com o relator do projeto de reforma ao Código Penal (PLS 236/2012), senador Pedro Taques (PDT/MT), para manifestar a preocupação e cobrar alterações em alguns pontos que vem sendo debatidos. Na ocasião, os líderes pediram que o relator interceda e solicite mais prazo para que as inovações propostas ao Código Penal possam ser votadas.
O presidente nacional do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp), pastor Wilton Acosta, que conduziu o encontro, o senador foi taxativo ao se comprometer que irá avaliar com cautela todos os pontos abordados pelos evangélicos. Acosta afirmou que a entidade agora encaminhará um documento ao senador juntamente com propostas já colhidas pelo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado federal João Campos.
Na ocasião, os presentes puderam ouvir as considerações do presidente do Fenasp nacional e do Fenasp Mato, pastores Wilton Acosta e Cristiano Paulino, respectivamente, da secretária executiva da entidade, Karoline Garcia, também do presidente do Conselho de Ministros Evangélicos de Cuiabá e Mato Grosso (Comec), pastor Daniel Alves, e do vice-presidente da Confederação dos Conselhos de Pastores e Evangélicos do Brasil (Concepab), bispo Aroldo Leite.
Logo após a explanação dos líderes, o senador Pedro Taques fez um breve relato sobre o Código Penal e algumas alterações propostas, e assegurou que os pontos abordados pela comunidade evangélica serão rediscutidos dentro do PLS. Na reunião, dez pontos foram elencados como prioridades do segmento cristão como a questão do aborto, do infanticídio, a clonagem humana, a descriminalização das drogas, prostituição, regulamentação da eutanásia, criminalização da homofobia, entre outros.
“Sabemos que será difícil a votação ocorrer ainda esse ano, mas não há como pedir mais prazo se ainda estamos dentro do estipulado. Asseguro a vocês que todos esses aspectos estão sendo debatidos, tenho ouvido diversos segmentos da sociedade e nossa intenção é de fato construir um Código que atenda o anseio da sociedade”, disse o senador, que defendeu a continuidade da mobilização do segmento entorno do PLS. “Que ocorram outras reuniões como essa, pois trata-se de um código que rege a moralidade no Brasil. Não vamos aprová-lo de afogadilho, a ideia é discutir com tranquilidade”.
.O entendimento foi compartilhado pelo presidente do Fenasp que designou a comissão estadual da entidade para agendar novo encontro sobre o tema e com o maior número de pessoas possível. A secretária executiva do Fenasp lembrou que é necessário que a sociedade busque informações a respeito do novo texto para que não seja omissa no processo de discussão. Posição defendida pelo senador, que afirmou a necessidade de se conhecer os aspectos abordados e inclusive que os cristãos precisam ampliar a discussão.
“Há muitos outros pontos interessantes, como a questão da corrupção que consta no Código Penal. Minha preocupação é que usem esses temas polêmicos para não avançarmos na aprovação do novo texto”, disse o senador.
Do encontro ficou definido que no dia 13 de outubro os líderes se reuniram novamente, na Igreja Assembleia de Deus Nova Aliança.
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