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Internacional
Sexta - 15 de Maio de 2015 às 19:02

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Representantes do governo do Mali, de movimentos armados e da mediação internacional assinaram, nesta sexta-feira (15), em Bamako, um acordo de paz sem a presença dos principais grupos da rebelião tuaregue, constataram jornalistas da AFP.

O documento foi assinado pelo ministro malinês das Relações Exteriores, Abdoulaye Diop, três representantes dos grupos pró-governamentais, assim como dois membros da Coordenadoria de Movimentos do Azawad (CMA, rebeldes). No entanto, os três principais grupos rebeldes - MNLA, HCUA e o braço rebelde do MAA - não assistiram à cerimônia como tinham anunciado.

O chamado "Acordo de Argel" pretende devolver a estabilidade ao norte do país, berço de várias revoltas tuaregues desde os anos 1960, e reduto de jihadistas ligados à rede Al-Qaeda, que se reagruparam desde que foram expulsos pelas tropas francesas em 2013.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, saudou a assinatura do acordo de paz e pediu que os rebeldes tuaregues o assinem também "o quanto antes".

Em um comunicado, Ban "considera que a assinatura, por algumas das partes, é um passo importante para o estabelecimento de uma paz duradoura no Mali" se declarou "firmemente convencido de que este acordo constitui uma base sólida sobre a qual construir uma paz justa e duradoura no Mali".

O secretário-geral lembrou "a todas as partes que o acordo de cessar-fogo de 23 de maio de 2014 e as declarações do cessar das hostilidades de 24 de julho e de 19 de fevereiro de 2015 estão em vigor e pede que honrem seus compromissos no tema".

A comunidade internacional aumentou a pressão sobre a CMA para fazê-la voltar à mesa de negociações como forma de isolar os jihadistas, especialmente desde o ataque de 7 de março, em Bamako, no qual morreram dois europeus.

O presidente zimbabuense Robert Mugabe, líder rotativo da União Africana, esteve presente, juntamente com outros 20 chefes de Estado e de governo da região.

Após meses de negociações patrocinadas pelas Nações Unidas, a cerimônia foi celebrada contrariando todos os prognósticos e, apesar das recentes violações do cessar-fogo acordados entre o Exército, várias milícias pró-governo e milícias rebeldes.

Ainda assim, a ausência dos três principais grupos rebeldes na assinatura poderia fazer o acordo perder força.





Fonte: Da France Presse

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