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Terça - 19 de Maio de 2015 às 08:48

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Wellington com seu certificado
Isabela Mercuri / Olhar Conceito
Isabela Mercuri / Olhar Conceito

Com apenas 20 anos, o músico Wellington Ribeiro acaba de voltar da França e uma frase não sai de sua cabeça: “Daqui a dez anos, quem vai estar fazendo curso com você sou eu”. O elogio partiu de Eddie Kramer, produtor musical de bandas como Beatles, Jimmy Hendrix e Led Zeppelin, e foi resultado da apresentação do trabalho do cuiabano, um dos quinze escolhidos (de todo o mundo) para participar do “Mix With The Masters” 2015.


Mas até chegar lá, Wellington teve uma longa trajetória. Desde os oito anos de idade fazendo aulas de violão, passando aos 12 para a guitarra, o garoto se apaixonou por música e teve que insistir neste caminho: “Minha mãe queria que eu fizesse uma faculdade, mas eu não me via como outra coisa que não fosse música”, conta. Depois de aulas no Conservatório Dunga Rodrigues e com professores particulares, ele participou de diversas bandas até que, há cinco anos, decidiu se dedicar também às gravações.

Com muito estudo e esforço, montou um estúdio em sua própria casa. Fez cursos no Studio Midas, em São Paulo, com o produtor Rick Bonadio, o que abriu seus horizontes: “Os dois cursos que fiz em São Paulo me ajudaram muito e foram fundamentais para abrir caminho para a França, principalmente porque me fez colocar a culpa em mim mesmo”, explica: “Eu vi que ele fazia coisas incríveis e que não é preciso muita grana... antes eu ficava agarrado na ideia de ter equipamento bom, e percebi que uma mesa de R$500 mil não faz nada sozinha”.


(Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

Depois dos cursos, então, Wellington colocou a mão na massa e se dedicou ainda mais à produção musical. Para participar do Mix With the Masters, ele enviou seu portfólio e currículo com músicas. Para sua alegria, foi um dos escolhidos e preencheu uma das quinze vagas disponíveis para produtores do mundo todo. Os únicos brasileiros eram ele e um carioca (responsável pela sonorização do réveillon de Copacabana). No grupo, ainda, estava o técnico de som do The Voice Estados Unidos.

No curso, que durou uma semana, ele teve a oportunidade de conhecer a parte histórica, o processo de gravação em fita e ouvir as originais, além de ter acesso aos projetos e gravações: “Dá pra perceber que era muito mais difícil. Nos anos 60 os caras tinham que ter muito mais criatividade para gravar”, comenta o músico.

O melhor desta oportunidade, no entanto, foi confirmar que Wellington está no caminho certo: “Nós tivemos que mostrar três trabalhos para o Eddie Kramer, e ele dava um feedback e depois todo o grupo comentava o que precisava melhorar”, afirma o músico, orgulhoso, “Na minha vez, ele disse que se precisasse confiar em alguém ali para uma gravação, seria eu”. Wellington era o mais novo do grupo de 15 pessoas, e conta que depois deste elogio todos os colegas passaram a pedir conselhos para ele.


Wellington e Eddie Kramer (Arquivo Pessoal)

Outra grande realização foi tocar junto com o guitarrista do Aerosmith e com o baterista do Elton John, Shakira e Madonna: “Como é um estúdio muito bom e conhecido, ali ninguém é estrela”, explicou.

Wellington tem um plano de inaugurar um estúdio em espaço próprio, fora de sua casa, daqui a um ano. Desta forma, ele poderia gravar também a bateria, o que não acontece em casa: “O projeto é do Carlos Duttweller, que trabalhou com o John Storyk, dono de um dos estúdios mais famosos dos Estados Unidos, além de ter feito o Midas, o do Jimmy Hendrix...”.

Como guitarrista


(Foto: Isabela Mercuri / Olhar Conceito)

Apesar de se dedicar às gravações, Wellington não deixa de tocar guitarra. Atualmente, ele está nas bandas Mamata, que toca em casamentos junto com a Orquestra Sinfônica, a Big Chair, que toca cover de bandas de rock, e a Ponto Seis, banda autoral.

A Ponto Seis tocou por muito tempo em tributos a Charlie Brown Jr e Blink 182, e ficou conhecida por isso. No entanto, o foco agora são as músicas autorais, e é neste estilo o CD que vão lançar até julho de 2015. A surpresa é a participação especial do guitarrista do Charlie Brown Jr., Thiago Castanho.

“Vamos lançar um CD completo, além de clipes. A gravação é com uma equipe de São Paulo que faz os clipes do Jorge Ben, Restart e outros nomes”, conta Wellington. A banda, formada por André Matos no vocal, Rafa Bocão na bateria e Wellington na guitarra, vai lançar as músicas também no Spotfy, Itunes e Deezer: “A galera normalmente sonha em tocar nos aniversários de Cuiabá... legal, a gente também quer, mas pensamos grande. Queremos ganhar um Grammy”, afirmam os amigos, esperançosos. “Nós sempre buscamos excelência em tudo”, finaliza Wellington.




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Fonte: Olhar Direto

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