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Politica Brasil
Terça - 16 de Junho de 2015 às 20:28

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Diante da ausência de resposta da Venezuela ao pedido para que um avião militar brasileiro pouse em Caracas levando uma comitiva de senadores, os tucanos Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP) informaram que os parlamentares discutirão se vão fretar um voo ou se embarcarão em avião de carreira.

A ideia da comitiva, liderada pelos tucanos Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP), é pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro a libertar presos políticos e marcar eleições parlamentares naquele país.

Na última sexta-feira (12), após solicitação do Senado, o Ministério da Defesa enviou um pedido à Venezuela para que um avião militar brasileiro sobrevoe Caracas e pouse na Venezuela levando uma comitiva de senadores.

De acordo com o Blog da Cristiana Lôbo, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, informou aos senadores que ainda não há resposta ao pedido feito na última semana.

Desde o ano passado, manifestações de opositores ao regime chavista deixaram 43 mortos na Venezuela. Outras 89 pessoas, incluindo políticos da oposição e manifestantes, foram presas acusadas de incitar a violência nos protestos e de conspirar contra o regime chavista.

Aécio e Aloysio, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, afirmaram que estão "determinados" a ir ao país vizinho. Segundo Aécio, caso o governo venezuelano não responda ao pedido feito pelo Ministério da Defesa brasileiro até esta quarta, os senadores irão discutir a alternativa.

"Nós estamos determinados a irmos à Venezuela na próxima quinta-feira, cumprindo uma missão, eu diria, de caráter humanitário, para reforçar uma pressão que é hoje do mundo", disse Aécio.

Questionado sobre se a comitiva tentaria visitar os presos políticos, o senador Aloysio Nunes disse que sim. Logo após a resposta, jornalistas o indagaram sobre qual autoridade venezuelana seria procurada para viabilizar a visita. "O carcereiro", disse, aos risos, o tucano.

"Nós iremos lá e pediremos autorização para visitá-los. Se nos negarem, será mais uma negativa. [...] Nós vamos chegar a quem administra o presídio e pedir para visitar. Se ele disser não, nós levaremos isso em conta e faremos outra manifestação", afirmou Aloysio.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça que a ausência de resposta do governo da Venezuela ao pedido é entendida como uma negativa à solicitação.

"Não houve uma negativa formal, é evidente que a falta de uma resposta não deixa de ser entendido como uma negativa", disse Renan ao chegar ao Senado nesta terça.

"O Ministério da Defesa enviou ofício à Venezuela pedindo autorização para sobrevoo e pouso de avião militar em espaço aéreo daquele país, como teria de fazer com qualquer outro país. Mas ainda não obtivemos resposta", informou Wagner ao Blog, admitindo que esse não é um assunto que desperte pressa por parte das autoridades venezuelanas.

Questionado sobre se o pedido poderia causar uma "crise" entre os dois países, Renan negou. "Acho que não, porque não avançou a possibilidade do avião militar, do avião da FAB", disse o peemedebista, ao explicar que há uma "disposição" dos senadores a embarcarem para a Venezuela em um voo de carreira.





Fonte: Do G1, em Brasília

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