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Politica Brasil
Quinta - 16 de Julho de 2015 às 12:08

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O presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, que está preso em Curitiba, deverá prestar depoimento à Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (16). Ele falará sobre o bilhete entregue aos advogados com a mensagem"destruir e-mail sondas".


Esta será a primeira vez que MarceloOdebrechtserá ouvido pelos policiais desde que foi preso, no dia 19 de junho, quando foi deflagrada a 14ª fase da Operação Lava Jato.

Ele é suspeito de participar de fraudes naPetrobras, que alimentaram um esquema de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro bilionário na estatal por meio de manipulação de licitações.

O bilhete em questão é considerado pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância,uma das provas da participação da Odebrecht no cartelmontado pelas empresas prestadoras de serviços à Petrobras.

O bilhete foi lido e copiado pelos agentes carcerários durante uma triagem sendo, posteriormente, entregue aos advogados de Marcelo Odebrecht. Segundo o delegado da Polícia Federal Eduardo Mauat da Silva, os policiais entenderam "que não haveria problema na entrega do original aos advogados, uma vez que os mesmos iriam ter contato com o preso de qualquer maneira na sequência".

De acordo com a Odebrecht, o presidente entregou o bilhete aos policiais de boa-fé. O original, ainda conforme a empresa, está com Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Paraná.

14ª fase da Lava Jato

As empreiteiras alvo desta fase da Lava Jato foram a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as empresas tinham esquema "sofisticado" de corrupção ligado à Petrobras, com depósitos no exterior.


O delegado Igor Romário de Paula afirmou que há indícios bem concretos, com documentos, de que os presidentes das empresas tinham "domínio completo" de atos que levaram à formação de cartel e fraude em licitações, além de pagamento de propinas.

Como a prisão de Marcelo Odebrecht é em caráter preventivo, não há data para que ele venha a responder às acusações em liberdade. Também não há uma denúncia formal contra o executivo.

A prisão preventiva difere da temporária, que tem prazo de cinco dias para ser encerrada, podendo ser prorrogada por outros cinco dias. Normalmente, a prisão preventiva é considerada quando o suspeito tem a possibilidade de interferir no andamento das investigações.





Fonte: G1

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