Oito deputados mato-grossenses estudam mudar de sigla
A criação do Partido Liberal (PL) associado à possibilidade de abertura de uma janela, que vai permitir a troca de partido sem o risco de
Os primeiros a expor esta possibilidade foram Gilmar Fabris e Janaína Riva, ambos do PSD. Os dois parlamentares devem escolher o PMDB como sua nova casa.
A debandada se deve ao descontentamento com a interferência Nacional, qual está articulando para passar o comando do partido para as mãos do ex-deputado Roberto Dornner.
Além de Fabris e Janaina, o social-democrata Pedro Satélite também estariam analisando a possibilidade. Vale lembrar que o parlamentar já foi militante do PMDB.
Caso a migração dos sociais-democratas realmente se efetive, o PMDB se tornará a maior bancada da Casa de Leis com seis parlamentares. Atualmente, a legenda conta com os deputados Romoaldo Júnior, Baiano Filho e Silvano Amaral. Em contrapartida, o PSD se tornará a menor bancada com apenas um parlamentar: José Domingos Fraga.
Outra sigla que pode sofrer devassa é o Partido da República (PR). Os deputados Mauro Savi, Wagner Ramos e Nininho também analisam a possibilidade de deixar a legenda republicada.
Savi já recebeu convite de diversas legendas como PSB, DEM e PTB. O republicano passou a cogitar a ideia de trocar de partido após a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Isto porque, o PR não apoiou a sua candidatura a presidência.
A insatisfação de Ramos com a sigla republicana, por sua vez, se dá por conta do governador Pedro Taques (PDT). Mesmo sem o aval do partido, o deputado garantiu desde o início do ano que apoia o governo do petebista. O PR teria um papel de oposição no Legislativo Estadual.
Desta forma, existe a possibilidade de ele vir a se filiar no PDT. Já Nininho está auxiliando o vice-governador Carlos Fávaro (PP) na criação do PL. O mesmo acontece com o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM).
A proposta de Emenda à Constituição (PEC) permitirá a troca de legenda sem a perda do mandato por infidelidade partidária. Ela foi aprovada pela Câmara dos Deputados em junho e seguiu para analise no Senado Federal. De acordo com o texto, os parlamentares poderão migrar de sigla em um prazo de 30 dias sem serem punidos.
A criação da nova legenda, entretanto, deve acontecer mais rápido. A tendência é que o partido seja oficializado perante a Justiça Eleitoral no mês de agosto deste ano.
Estas possibilidades de troca de partido não têm agradado apenas os deputados estaduais. Quatro vereadores da capital também estão cogitam trocar de legenda para o pleito do ano que vem. Trata-se de Dilemário Alencar (PTB), Leonardo de Oliveira (PTB), Renivaldo Nascimento (PDT) e Paulo Araújo (PSD).
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