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Politica Brasil
Terça - 04 de Agosto de 2015 às 15:09

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O senador Romero Jucá (PMDB- RR) declarou nesta terça-feira (4), após reunião com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, que há boa vontade par parte dos senadores em tentar construir alternativas que melhorem a condução da economia brasileira.

"É claro que há discordância em alguns pontos com o governo. Independente dessas discordâncias, temos de buscar convergências. O Senado vai propor uma agenda econômica e o governo vai propor mais algumas questões. Vamos nos debruçar para fazer um esforço sobre a questão do ICMS [unificação das legislações do tributo estadual], levando em conta a posição dos governadores. Os dois fundos [para compensar eventuais perdas dos estados nesse processo] dependem da aprovação da questão de internalização de recursos e da declaração de patrimônio no exterior. São pontos que precisam ser ajustados", disse Jucá a jornalistas,

Segundo ele, a reforma administrativa, que está sendo debatida pelo governo, com possível redução do número de ministérios, não foi tratada no encontro.

"É uma questão interna da presidência. O Senado não vai entrar nessa questão da estrutura. O PMDB tem discutido isso com o Michel Temer [vice-presidente]. Partidariamente, o PMDB tem uma posição: redução de custos, de custeio, redução de ministérios, simplificação do processo administrativo. A questão não é o tamanho do corte dos cargos, é a questão do exemplo. Se estamos pedindo esforço a sociedade brasileira, é muito importante que o governo dê o exemplo. Aliás, o governo deveria ter começado esse processo dando o exemplo. Dissemos várias vezes que o governo está atrasado nesse procedimento", disse o senador.

Na visão do senador, é fundamental o Congresso Nacional e o governo "acenarem" para os investidores, produtores e empreendedores, que tipo de dificuldades poderão acontecer na economia e até quando isso vai perdurar. "Para que tenhamos condições de ter um horizonte para as pessoas se programarem", disse.

Questionado sobre as medidas de ajuste fiscal, como o aumento da tributação sobre a folha de pagamentos, que está sendo avaliada pelo Congresso Nacional, Jucá afirmou que o Senado quer aprovar o ajuste fiscal, mas "discutindo seu impacto na economia". "Já aprovamos propostas de ajustes. O que falta aprovar: o aumento de impostos para determinados setores da economia. São aumentos diretos na folha de pagamentos, que está caindo. Estamos tendo queda do nível de emprego. Antes de aprovar essa questão, precisamos discutir que tipo de impacto isso vai ter na vida das pessoas", afirmou.

Questionado sobre as chamadas "pautas bomba", ou seja, que geram aumento de gastos públicos em um momento de ajuste fiscal, ele declarou que essas pautas não existem no Senado. "O Senado quer desarmar a bomba que está armada explodindo no colo dos brasileiros", disse.

Sobre a questão da rentabilidade dos recursos dos trabalhadores no FGTS, Jucá declarou que esse assunto precisa ser discutido com "serenidade e equilíbrio". "[O FGTS] representa fonte de poupança para investimentos de longo prazo que propiciam melhores condições de vida para a população de baixa renda. São juros subsidiados. É preciso que a câmara discuta isso com bastante equilíbrio", disse.





Fonte: Do G1

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