Saúde confirma febre amarela em 4 macacos achados mortos no DF
Exames realizados em quatro macacos achados mortos no Distrito Federal deram positivo para febre amarela, informou a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival) da Secretaria de Saúde. Três animais foram encontrados no Núcleo Rural de Ceilândia e outro, no Zoológico de Brasília, na semana passada.
A partir dos laudos, o Zoológico e a Dival iniciaram uma ação para prevenção da doença, intensificando a busca por macacos mortos e a captura dos mosquitos que transmitem a doença. O GDF também está em busca de pessoas que não foram vacinadas contra a febre amerela e trabalham perto das áreas onde foram encontrados os animais.
Em maio, a Secretaria de Saúde confirmou osegundo caso de morte por febre amarela em Brasília neste ano. De acordo com a pasta, o homem não contraiu a doença na capital do país.
O primeiro caso da doença em Brasília ocorreu no início de fevereiro, quando um jovem de 22 anos foi transferido para o DF após apresentar sintomas da doença em Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
Doença
A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos silvestres e pelo Aedes aegypti - que também transmite dengue e febre chikungunya. O período de incubação varia de três a seis dias. A vacina contra a doença é disponibilizada em todos os centros e postos de saúde da capital e faz parte do calendário nacional de imunização.
Os sintomas da doença se parecem com os de uma gripe. A pessoa tem febre, amarelão na pele e nos olhos, dores de cabeça e no corpo e calafrios. O vírus pode atacar fígado e rins, provocando crise de vômito e diarreia. Em estágio grave, o paciente pode deixar de urinar e apresentar sangramentos e confusão mental.
Quem apresenta os sintomas deve procurar um médico e relatar se viajou nos 15 dias anteriores para áreas de mata ou próximas a rios. O indicado é permanecer em repouso e fazer reposição de líquido.
Imunização
A indicação é que a primeira dose da vacina contra a febre amarela seja aplicada pela primeira vez aos 9 meses de idade, com reforço aos 4 anos. No caso de adultos, a aplicação ocorre em dose única e tem nível de proteção próximo a 100%.
A recomendação é que a imunização se repita de dez em dez anos. Quem nunca foi vacinado contra a doença e vai viajar para áreas de risco deve se vacinar com pelo menos dez dias de antecedência.
A dose é contraindicada para grávidas, pessoas com HIV, pacientes com leucemia e linfoma que estejam em tratamento com quimioterapia e radioterapia e alérgicos a ovos e ao antibiótico. Mulheres que amamentam crianças com menos de 6 meses devem ser submetidas a avaliação médica para analisar os riscos e benefícios da imunização.
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