Zimbábue prende homem ligado a morte de leão Cecil
A polícia do Zimbábue prendeu um caçador local ligado à morte, em julho, do leão Cecil, desta vez acusado de transportar 29 palancas-negras, um tipo de antílope, sem permissão e de ser cúmplice no contrabando dos animais.
Theo Bronkhorst já tem julgamento marcado para 28 de setembro pela acusação de ter violado regras de caça ao ajudar um dentista norte-americano a matar Cecil, um raro leão de juba negra de 13 anos de idade, nas proximidades do parque Hwange. A morte do leão despertou revolta mundial.
Charity Charamba, porta-voz da polícia, disse à agência Reuters que Bronkhorst foi preso na segunda-feira (14) na cidade de Bulawayo e que ele deverá comparecer ao tribunal da cidade de Beitbridge, no sul do país, na quarta-feira.
No sábado, três sul-africanos foram acusados por uma corte de capturar ilegalmente as palancas-negras e tentar exportá-las sem permissão.
A polícia afirma que os três levaram as palancas-negras de um parque de caça particular na estância de Victoria Falls no dia 11 de setembro e foram até um ponto de cruzamento ilegal no rio Limpopo, em Beitbridge.
O crime foi descoberto quando os caminhões com os animais ficaram atolados no rio, o que levou à prisão dos três homens.
Guerra a caçadores
Uma semana depois da onda de indignação provocada pela morte de Cecil, o Zimbábue declarou guerra aos caçadores. Outro turista americano foi acusado de envolvimento na morte de um leão.
O país adotou restrições imediatas para a caça de animais grandes como leões, elefantes e leopardos, que a partir de agora está proibida perto da reserva de Hwange, com exceção nos casos de uma autorização escrita dos parques nacionais. Também proibiu a caça com arco.
Criticada por muitos, a caça é uma fonte importante de renda e gera quase US$ 40 milhões por ano ao Zimbábue, segundo a Autoridade de Proteção da Vida Silvestre e dos Parques Nacionais.
Cecil era um leão de 13 anos e uma atração turística muito conhecida. Ele liderava um bando de três fêmeas e seus descendentes e tinha um colar com GPS que ajudava em uma pesquisa científica feita por cientistas da Universidade de Oxford, da Grã-Bretanha. Sua carcaça foi encontrada sem a cabeça.
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