Operação Sodoma pode 'esbarrar' em investigação da PF sobre lavagem de dinheiro

Foto: programa.ecos

Maron Emile Abibi-Abib – Diretor-geral do SESC

O depoimento do diretor geral do Serviço Social do Comércio, Maron Emile Abi-Abib a um delegado, na cidade do Rio de Janeiro, na manhã de hoje, 16 de setembro, suscita discussões de que o esquema de corrupção suspostamente estabelecido em Mato Grosso na gestão Silval Barbosa (2011 a 2014) possa ‘esbarrar’ na operação ‘Ararath’, que apura um complexo esquema de lavagem de dinheiro.

No ano passado, a revista IstoÉ, divulgou que a existência de superfaturamento na aquisição de uma fazenda de quase 5 mil ha, por aproximadamente R$ 19 milhões, na região entre Rosário Oeste e Nobres (a 143 km de Cuiabá). A aquisição da área foi realizada quando Pedro Nadaf exercia a função de secretário de Estado de Indústria e presidente da Federação do Comercio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio).

Para a Polícia Federal, há indícios de que nesse caso, o ‘Sistema S’ , teria sido usado para abastecer o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro investigado pela Operação Ararath em Mato Grosso. O pagamento pelo Sesc Nacional foi feito ao empreiteiro Rodolfo Aurélio Campos, dono da Encomid, que teria –suspostamente - recebido do estado mais de R$ 80 milhões supostamente viabilizados pelo ex-secretário de Fazenda, Éder Moraes, por meio de pagamentos suspeitos.

O valor de quase R$ 20 milhões pelo Sistema S, equivale a pelo menos dez vezes mais que o valor de mercado, segundo avaliação feita pela Edificar Empreendimentos Imobiliários.

Na época da veiculação da reportagem as pessoas citadas negaram qualquer vínculo ou atuação de maneira irregular para aquisição da área.