Morreu aos 87 anos o cururueiro Caetano Ribeiro, um dos símbolos da cultura mato-grossense, que aprendeu ainda menino a arte de fazer a viola de cocho e se tornou referência nacional. Ele estava internado em um hospital de Cuiabá e morreu após sofrer uma parada cardíaca.
Sempre bem-humorado, Caetano brincava com as limitações decorrentes da idade. Em uma reportagem exibida pela TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso, em novembro do ano passado, ele relembrou a infância no campo e a maneira como foi criado pela família. "Meu pai me criou no lombo de um cavalo, na proa de canoa e no cabo de enxada", disse ele, na época. Nascido no Pantanal, ele apreendeu com o pai a fabricar a viola de cocho.
Caetano também fez questão de passar para o filho a experiência de fazer a viola. "Tenho orgulho de ser filho dele e de manter essa tradição. Já estou na quarta geração que luta para manter essa cultura viva", disse Alcides Ribeiro, filho de Caetano.
Além de tocar e cantar, Caetano também era compositor. "Ele compunha letras de cururu maravilhosas, afirmou o músico e pesquisador Roberto Corrêa. Para ele, o cururueiro é parte da cultura do estado.
O corpo está sendo velado na casa da família no bairro Dom Aquino, em Cuiabá. O enterro está marcado para as 16h no Cemitério da Piedade, na região central da capital
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