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Segunda - 30 de Maio de 2016 às 12:59
Por: Rafael Costa - Folha Max

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O Fórum Sindical já decidiu que vai apresentar uma contraproposta ao plano do governador Pedro Taques (PSDB) de conceder o pagamento do RGA (Reposição Geral Anual) em 2% no mês de setembro e outros 3% em janeiro de 2017. Os servidores públicos irão entregar, às 14h desta segunda-feira (30) a proposta de ser pago integralmente a reposição inflacionária de 11,28% da maneira que for mais conveniente ao Estado.

Porém, deve ser obedecido duas regras: a primeira é que seja pago ainda este ano e ainda seja efetuada as perdas do parcelamento retroativo ao mês de maio. "Já flexibilizamos demais para o Governo", afirmam as lideranças do Fórum.

A proposta enfrenta resistências da equipe econômica do governo do Estado. Isso porque é sustentado que o pagamento da reposição inflacionária em sua integralidade colocaria em xeque o bom desempenho das finanças públicas como a possibilidade de futuros salários serem pagos em atraso e o Estado descumprir a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), pois elevaria para 54% o gasto com a folha de pagamento.

Se não houver consenso até o final desta segunda-feira (30), os servidores públicos prometem deflagrar uma greve geral a partir de terça-feira (31). "O movimento de greve está mantido para amanhã. Já cedemos todos os prazos para o Governo", disse o presidente do Sindicato da Área Instrumental do Governo, Edmundo César Leite.

Edmundo classificou a proposta do Estado de conceder a reposição inflacionária em 5% dividida em duas vezes como uma “afronta aos servidores públicos”. “O Fórum Sindical não gostou da proposta, achamos que foi uma afronta ao trabalhador do Poder Executivo. Perdemos 6% da reposição e o valor a ser pago nem será retroativo. Aí, o Governo ‘fuçou’ a caixa de abelha com vara curta”, disse.

A paralisação dos serviços públicos é prejudicial ao Estado principalmente em termos de arrecadação. Só o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) é responsável em arrecadar até R$ 1 milhão por dia.

A greve atingiria ainda o setor de segurança pública com a Polícia Civil realizando somente boletins de ocorrência de flagrante. Os delegados sinalizam ainda em paralisar as investigações. A Polícia Militar, que não pode realizar greve por força constitucional, realizará a chamada "Operação Padrão", onde só sairá as ruas se estiverem com viaturas e equipamentos de trabalho, como coletes, com as vistorias em dia. Além disso, os policiais não farão jornadas extras.





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