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Quinta - 02 de Junho de 2016 às 10:19
Por: Folha Max

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A Polícia Federal conduziu coercitivamente, durante a 11ª fase da “Operação Ararath”, o empresário Antônio Bortolotto, conhecido como “Toninho da Todimo”. Ele presta depoimento na manhã desta quinta-feira aos delegados da PF e depois será liberado.

“Toninho” é sócio de um dos maiores grupos de materiais para construção em Mato Grosso. São mais de 15 lojas em Mato Grosso, outras 4 no Paraná e ainda dois centros de distribuição. O Grupo Todimo também atua no ramo da construção civil.

A Todimo também atua nos bastidores das campanhas eleitorais, sempre figurando como uma doadora “generosa” aos políticos.

Em 2010, contribuiu com R$ 1,5 milhão na campanha vitoriosa de Silval Barbosa (PMDB). Foi a maior doação de uma empresa física ao então candidato a reeleição.

Já nas eleições de 2014, doou R$ 493 mil ao governador Pedro Taques (PSDB). Ainda teria colaborado com candidatos a senadores e deputados.

O alto poder aquisitivo fez com que o empresário ficasse na mira de bandidos. Em abril de 2009, ele foi sequestrado e ficou por 16 dias em cativeiro. Informações extraoficiais apontam que a família pagou R$ 5milhões para liberá-lo.

ARARATH 11

A Polícia Federal de Mato Grosso cumpre nesta quinta-feira 45 mandados de busca e apreensão e três de condução coercitiva contra grandes empresários do ramo imobiliário em Mato Grosso. Esta é a décima primeira fase da "Operação Ararath".

O objetivo desta fase é colher provas sobre um possível esquema de lavagem de dinheiro através da compra de imóveis em nome de "laranjas". Os recursos para compra de imóveis de luxo seriam oriundos da corrupção no Estado.

A operação de hoje é com base nas fases anteriores da "Operação "Ararath" em que documentos apreendidos revelaram que alvos não estariam declarando apartamentos adquiridos nas empresas de construção.

Outro alvo da operação é o empresário Jorge Maluf, sócio da GMS Construtora.

A Operação teve início em novembro de 2013 com investigações de crimes contra o sistema financeiro e de "lavagem de dinheiro" em Mato Grosso. Ela já levou para a prisão figuras como o ex-secretário Eder Moraes e o ex-deputado José Riva. Em maio de 2014, o então governador Silval Barbosa (PMDB) foi alvo de busca e apreensão e acabou detido após ter uma arma com registro vencido encontrada em seu apartamento.

Uma força-tarefa do Ministério Público Federal foi realizada para analisar as provas e documentos e resultou em 17 denúncias. Apesar da força-tarefa já ter se encerrado, as investigações continuam sendo realizadas pela Polícia Federal e procuradores que atuam no Estado.





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