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Terça - 07 de Junho de 2016 às 01:17
Por: Rafael Costa - Folha Max

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Na resposta à acusação feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) que originou a ação penal relativa à Operação Sodoma da Polícia Civil, o ex-secretário de Estado de Administração, César Zilio, afirmou que está arrependido e deve um pedido de desculpas a sociedade pelo envolvimento em esquemas de corrupção enquanto exerceu função pública na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). “É certo que o colaborador não se orgulha em ter participado dos fatos narrados na exordial, mas certo é que se arrependeu espontaneamente, optando em colaborar com a justiça. E é nessa linha, que o colaborador César Roberto Zílio, como ex-gestor público, deve um pedido de desculpas a sociedade matogrossense pelas suas condutas descritas na inicial acusatória”, diz um dos trechos da peça.

Ex-secretário de Estado de Administração na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), César Zilio foi preso preventivamente na segunda fase da Operação Sodoma da Polícia Civil pela suspeita de comprar um terreno de R$ 13,5 milhões localizado na Avenida Beira Rio com o intuito de construir um Shopping Popular com 700 unidades. Ele usou o dinheiro de propinas obtidas com empresas para pagar a área.

Após firmar termo de colaboração premiada com a ideia de ter a pena reduzida ou até mesmo extinta na ação penal, César Zilio ainda foi denunciado pelos crimes de concussão (praticado por funcionário público, em que este exige, para si ou para outrem, vantagem indevida), extorsão, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e corrupção passiva. Na resposta à acusação anexada aos autos do processo, a defesa de César Zilio nega que tenha agido exclusivamente para prejudicar terceiros.

O ex-secretário aproveita e rebate as críticas por ter feito um acordo de colaboração. “A defesa de Cezar Zílio não pretende atacar qualquer investigado, tampouco fazer juízo de valor sob condutas de terceiros co-investigados, mas apenas defender de forma técnica e intransigente as garantias do colaborador. Essa introdução se faz necessária Excelência, pois muitos corréus entendem que os colaboradores – de forma genérica – vem utilizando deste criterioso instituto para, apenas e tão somente, verem-se livres das acusações, o que não é verdade”, completa na petição encaminhada a juíza Selma Rosane Santos Arruda.

Por fim, César Zílio ainda alegou que as críticas de terceiros a sua decisão de firmar delação premiada nada mais é uma tentativa forçada de desqualificar as acusações de corrupção. “A tentativa de desqualificar a colaboração de César Zílio nada mais é, do que uma tentativa de desviar o foco e relativizar os fatos gravíssimos, apontados na exordial acusatória”, disse.





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