Nigro será “supervisor interno” e afirma que divisão da Casa Civil evita serviço mal feito

A criação de um Gabinete de Articulação Política separado da Casa Civil evitará que sejam mal feitos os trabalhos de articulação política e de supervisão dos projetos de Governo. Essa é a opinião de Luiz Carlos Nigro, secretário-adjunto de Turismo e futuro secretário-chefe da Casa Civil, sobre a necessidade da divisão da “secretaria chefe” em duas.

“Pelo que tenho acompanhado do governo, acho muito difícil fazer os dois (trabalho interinstitucional e interno), pelo nível de exigências dos órgãos de controle e da sociedade, realizar os dois trabalhos. Ou um, ou outro sairia mal feito”, comentou o secretário.

Enquanto a Paulo Taques ficará responsável por toda comunicação e articulação política interinstitucional, a fim de garantir que os projetos do governo possam prosperar ao serem recebidos em outras instituições, Nigro focará todas as forças dentro do governo. Ele será o responsável por cobrar o acordo de metas e garantir as melhores condições possíveis para cada secretário cumprir seus objetivos.

“Vou estar responsável pelas cobranças às secretarias do Estado. Vou trabalhar juntamente a todas as secretarias, gabinetes e instituições para que os projetos de governo, ações de governo, se desenvolvam”, explicou Nigro. “Dando um apoio maior aos secretários também”, completou.

Ele explicou que muitas vezes os secretários não conseguem ser ouvidos direito, ou que um projeto pode demorar a tramitar após sair de uma secretaria e chegar em outra. Destravar esse caminho será sua função principal, para então pode cobrar os resultados de cada secretário, sem ter de se preocupar com questões políticas, como costumam fazer os secretários-chefes de Casa Civil.

Por enquanto, a Casa Civil passa por um momento de transição. Paulo Taques continua secretário até o fim da reforma administrativa que ainda nem foi enviada para a Assembleia Legislativa, mas Nigro já foi apresentado a equipe da secretaria e já começa a se inteirar do dia-a-dia da pasta.

“É uma grande responsabilidade. Estamos passando por um processo de transição. Sentamos com o secretário Paulo Taques, que continua secretário, pois só vou assumir após a reforma”, concluiu.