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Politica Brasil
Segunda - 03 de Setembro de 2012 às 22:25

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O sucesso da Lei da Ficha Limpa vai depender de os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) fazerem a sua parte. Essa foi avaliação feita, nesta segunda-feira à Agência Brasil, pela diretora do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita José Rosa, após participar do seminário "Entre o Formal e o Real: Desafios na Implementação das Leis que Tornam o Brasil mais Transparente". O evento foi promovido pelo Instituto Millenium, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Jovita comentou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "deu um voto a favor da Ficha Limpa", na medida em que colocou as contas de campanha em questão. "De modo geral, hoje, a Lei da Ficha Limpa está nas mãos dos TREs para que eles façam valer", opinou.

A diretora do MCCE ressaltou que os demais atores envolvidos - sociedade, Congresso Nacional, Presidência da República e Supremo Tribunal Federal - fizeram a sua parte. "Agora, a gente precisa de uma ação concreta dos tribunais regionais. Neste momento, a bola está com eles", disse.

Jovita está confiante que a grande maioria dos TREs vai ser pela aplicação da nova lei. "É lógico que vai haver exceções, infelizmente", contrapôs. Alertou, contudo, que muitos candidatos considerados "ficha suja" já deixaram de participar da eleição deste ano, por causa da lei que está valendo. "A gente tem muito que comemorar", continuou.

Para a diretora, inclusive, a eleição deste ano será um marco no Brasil. Ela destacou a grande mobilização da sociedade, iniciada por ocasião da campanha pelo voto direto no País, em 1984, que ganhou vulto em torno da Lei da Ficha Limpa e "aprimora agora a democracia". "A sociedade brasileira está no caminho certo e, consequentemente, o Brasil também vai para o caminho certo", disse.

A questão agora, segundo a diretora, é melhorar a qualidade dos partidos políticos, partindo do pressuposto que "candidato bom vem de partido bom, de partido forte, e que candidato ficha limpa vem de partido ficha limpa". É preciso também dar maior transparência à questão das doações para as campanhas.

Jovita avaliou que as doações de campanhas são essenciais para que os cidadãos possam escolher em quem vão votar, "porque sabendo quem está financiando, a gente vai saber qual será a postura dele candidato lá na frente".






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