Período proibitivo de queimadas em MT deve ser prorrogado até outubro O estado enfrenta período de escassez de chuva e baixa umidade do ar. Período proibitivo de queimadas começou no dia 15 de julho
O período proibitivo das queimadas em Mato Grosso, que terminaria nessa quinta-feira (15), deverá ser prorrogado até o dia 4 de outubro. O motivo são as condições climáticas, informou a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Segundo a Sema, um decreto deverá ser publicado nos próximos dias sobre a mudança e existe a possibilidade de que a prorrogação se estenda até o final de outubro.
O estado enfrenta um período de escassez de chuva e baixa umidade relativa do ar em grande parte dos 141 municípios. Alguns estão há mais de 60 sem chuva, o que potencializa o risco do fogo, como foi o caso de Novo Santo Antônio, a 1.063 km de Cuiabá.
O período proibitivo de queimadas em Mato Grosso começou no dia 15 de julho. E, neste ano, houve aumento de 53% nos registros de foco de calor em Mato Grosso, que chegaram a 20 mil nos últimos dois meses, contra 9,88 mil do mesmo período do ano passado.
Desse total, 63% ocorreram em propriedades privadas, 22% em terras indígenas, 7,6% em assentamentos rurais e os demais 7,4% em unidades de conservação estadual, federal e região metropolitana da capital
Nessa quinta, instituições que integram o Comitê do Fogo, entre elas Corpo de Bombeiros, Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade e Funai (Funai), fizeram reunião para oficializar e planejar o trabalho das próximas semanas.
A Sema informou que os focos de calor aumentaram em 47,4% em Mato Grosso em 2016. Entre 1º de janeiro e 12 de setembro, foram registrados 22,8 mil focos de calor, contra 15,4 mil do mesmo período em 2015.
Os dez municípios que mais registraram queimadas neste ano são: Colniza (1.717), Gaúcha do Norte (1.188), São Félix do Araguaia (847), Nova Nazaré (626), Ribeirão Cascalheira (614), Paranatinga (576), Nova Maringá (560), Campinápolis (546), Cotriguaçu (525) e Nova Ubiratã (498).
A estrutura de atendimento tem apoio das 18 unidades do Corpo de Bombeiros nos municípios mais populosos, oito brigadas municipais mistas em regiões mais sensíveis ao fogo (Feliz Natal, Sinop, Cláudia, Ipiranga do Norte, Vera, Sapezal, Campo Novo dos Parecis, Aripuanã, Comodoro, Porto Esperidião) e dez bases descentralizadas que deverão atender situações mais críticas.
Entre brigadas mistas e bases volantes, está previsto total de 260 oficiais de bombeiros e 48 agentes civis atuando, montante 310% maior que no ano passado. As equipes têm ainda o suporte de dois aviões de combate a incêndios florestais, com capacidade de 3,1 mil litros de água, além de veículos especializados.
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