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Ciência/Pesquisa
Domingo - 23 de Outubro de 2016 às 09:54

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Mulher espremendo espinha (iStock/Getty Images)
Mulher espremendo espinha (iStock/Getty Images)

Jovens que sofrem por ter o rosto cheio de espinhas agora podem comemorar! Segundo uma pesquisa publicada no periódico científico Journal of Investigative Dermatology, a lástima da adolescência se torna um benefício na vida adulta. Isso porque, associou-se o excesso de acne a uma resistência maior ao envelhecimento. Ou seja, quem tem espinhas acaba por apresentar uma pele melhor, por mais tempo.

Segundo o estudo, quem possui muita acne conta com um sistema de proteção nas células que retarda o envelhecimento. Nesses indivíduos, os chamados telômeros, tipos de capas que blindam os cromossomos, são mais longos. Em consequência, eles impedem, por mais tempo, a deterioração desses nossos pacotes de DNA – uma das causas do envelhecimento das células. Tradução: quando adulto, os ex-espinhentos apresentam menos rugas, cabelos brancos e outros sinais típicos da velhice.

Para chegar à essa conclusão, o estudo, divulgado em setembro por pesquisadores do King’s College, de Londres, na Inglaterra, comparou informações genéticas de 1 205 mulheres. Um detalhe importante: para tal, foram analisadas gêmeas, que, logo, possuem maiores coincidências no DNA.

Dentre essas gêmeas, as que tiveram grande incidência de acne – um quarto do total das 1205 – ao longo da vida demostraram menores sinais de envelhecimento. Ao mesmo tempo, essas também possuíam os tais telômeros longos. Entretanto, ainda não se sabe o motivo, biológico, de existir essa correlação.

Disse a dermatologista Simone Ribeiro, autora do estudo: “Mas, ao olhar as biópsias da pele, já conseguimos compreender como um gene específico está relacionado a esse fenômeno”.

A pesquisadora se refere ao chamado p53, um gene que regula a morte das células de nosso corpo – que, conforme os anos passam, cometem o que se nomeia de um “suicídio celular”. Quando os telômeros ficam mais curtos, eles aceleram esse derradeiro fim. Logo, quem possui essas versões longas desses telômeros acaba por retardar o tal “suicídio celular”. Segundo os pesquisadores, mesmo ainda sem saber como, ao certo, o tal p53 teria papel nesse jogo.





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