Pesquisadores descobrem cidade e cemitério de mais de 7 mil anos Arqueólogos encontraram no Egito restos de cerâmica, ferramentas de ferro, além de quinze túmulos em Sohag, província do sul do país
Pesquisadores no Egito desenterraram uma cidade e um cemitério de mais de 7 mil anos de idade que remontam à primeira dinastia do país (3200 a.C. até 2778 a.C) em Sohag. A descoberta foi feita a 400 metros do templo do faraó Seti I, em Abidos, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério das Antiguidades.
A cidade encontrada provavelmente abrigou autoridades de alto escalão e construtores de túmulos. O seu descobrimento pode trazer mais informações sobre Abidos, uma das cidades mais velhas do país e que foi a capital do Antigo Egito perto do final do Período Pré-dinástico (antes de 3 100 a.C) e durante o governo das quatro primeiras dinastias. Os arqueólogos também encontraram cabanas, restos de cerâmica e ferramentas de pedra.
Mastaba
Os pesquisadores encontraram quinze túmulos enormes, as mastabas. A palavra em português significa casa eterna. Faraós ou nobres da época eram enterrados neste tipo de cova, que é parecida com a base de uma pirâmide, mas sem o topo da edificação antiga. Foi a primeira vez esse tipo de arquitetura foi encontrada perto da cidade de Abidos.
“Em alguns casos, o tamanho dos túmulos descobertos no cemitério é maior do que dos túmulos em Abidos, que datam da Primeira Dinastia, o que prova a importância das pessoas enterradas ali e sua posição social elevada durante esta era inicial da história do Egito Antigo”, disse a pasta. Por enquanto, os cientistas não sabem quem são os donos das mastabas.
As primeiras aparições de sepulcros construídos em forma de mastaba foi na dinastia I. A principal necrópole foi a antiga cidade de Mênfis, hoje sítio arqueológico de Saqqarah, perto de Cairo. Nela há importantes mastabas, como de Chepseskaf, o último faraó da quarta dinastia.
Mastaba de Chepseskaf no sítio arqueológico de Saqqarah (Bakha/Divulgação)
(Com Agência Reuters)
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