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Economia
Quarta - 14 de Dezembro de 2016 às 07:54
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá com Redação

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A R$ 3,88, alta acabou aumentando em quase R$ 0,20 valor de bomba do litro frente à média local
A R$ 3,88, alta acabou aumentando em quase R$ 0,20 valor de bomba do litro frente à média local

O consumidor esperou por mais de 40 dias para ver alguma diferença de centavos na bomba dos postos revendedores na hora de abastecer, especialmente com gasolina, mas ontem mesmo já foi surpreendido pelo litro a R$ 3,88. Na semana em que os postos de Cuiabá e Várzea Grande começaram a repassar as baixas recebidas das distribuidoras, que em alguns casos superam R$ 0,10 por litro, a Petrobras anunciou reajuste de preços à gasolina e ao óleo diesel. E de forma quase que imediata os novos valores começaram a chegar aos postos e consequentemente às bombas. Em percentuais, a alta já impactou em cifras acima do previsto: R$ 0,19, ou, 5,14%, considerando valores adotados antes do anúncio.

Em alguns postos ainda é possível encontrar o litro da gasolina por R$ 3,69, mas os estabelecimentos que reajustaram os valores elevaram a matriz para algo entre R$ 3,78 a R$ 3,88. O óleo diesel também aumentou e passou a ser vendido a R$ 3,69, conforme monitoramento realizado no final da tarde de ontem pelo Diário.

Nessa mudança de cenário, a alta de preços sobre o litro na bomba foi quase que imediata na cadeia dos combustíveis, alterando valores em um intervalo de menos de uma semana após o anúncio das altas aos dois combustíveis. Há menos de dois meses, quando houve anúncio de duas reduções – em outubro e novembro – parte da queda veio de marcha lenta até o bolso do consumidor, que quase não está tendo tempo para aproveitar, pois as primeiras reduções começaram a ser percebidas somente no início de dezembro.

Durante coletiva de imprensa realizada ontem pela manhã, o vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), João Marcelo Borges, apresentou notas de aquisição de combustíveis junto às distribuidoras para confirmar que os combustíveis estão chegando aos postos com reajustes e que por isso, fica quase que impossível de o revendedor segurar a alta e não repassá-la à bomba. Como reforça a diretoria da entidade, a prática de apresentar notas de compras para comprovar o preço pago pela revenda, não tem sido novidade e vem sendo uma forma de o setor se defender e ser o culpado pelo preço final.

A elevação dos preços da gasolina e do diesel nas refinarias anunciada pela Petrobras entrou em vigor no último dia 6. O valor do litro de gasolina foi reajustado em 8,1%, enquanto que o preço do diesel subiu 9,5%. A expectativa da própria Estatal é de que se repassado integralmente ao consumidor final, o preço do litro do diesel pode alcançar alta de R$ 0,17 e o da gasolina, R$ 0,12.

“Estes reajustes já estão sendo repassados das distribuidoras para os postos. O diesel S10, que antes do aumento era adquirido pelos postos a R$ 3,06 o litro, um dia após o anúncio já estava custando R$ 3,19, aproximadamente. Nesse caso, o reajuste foi de R$ 0,13 nas distribuidoras. O óleo diesel S500 também subiu R$ 0,13, passando de R$ 2,93 para R$ 3,06”, comprovou por meio de notas Borges.

Ainda conforme o dirigente, a gasolina comum aumentou R$ 0,08, passando de R$ 3,32 para R$ 3,40. “Com a apresentação de notas, nosso objetivo é ser o mais transparente possível com o consumidor que sofre com o impacto do reajuste. Também é importante ressaltar que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados e por isso as revisões feitas nas refinarias podem ou não refletir no preço final ao consumidor”, destacou João Marcelo Borges.

A Petrobras justificou a decisão pela alta em razão da variação do câmbio e dos preços do petróleo. Em outubro, a empresa mudou sua política de definição de preços. Desde então, um comitê - Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) - se reúne a cada 30 dias para avaliar o comportamento dos preços no mercado e a variação cambial, entre outros parâmetros e desse encontro anuncia possíveis alterações sobre os preços dos derivados do petróleo.

SEMANA PASSADA – No início de dezembro revendedores passaram a exibir valores com diferenças de até R$ 0,10, movimento registrado pelo Diário em postos de bandeira branca – àqueles que não pertencem a uma única empresa distribuidora -, como também aos chamados bandeirados, como por exemplo, dos da BR Distribuidora. Com os descontos que chegam ao consumidor, o preço saltou de valores entre R$ 3,72, R$ 3,77 e R$ 3,79 para R$ até 3,62. Pesquisar e observar os postos que estão pelo trajeto pode ser uma opção econômica.

Em uma taqueada de 50 litros, por exemplo, com o litro a R$ 3,62, o consumidor desembolsa R$ 181. Com o litro a 3,72, o custo sobre para R$ 186. Já a R$ 3,79 o litro, a conta final é de R$ 189,50. Entre o mais caro e o mais barato, a economia pode chegar a R$ 8,50, por cada abastecida. Em percentual o valor, de R$ 3,79 para R$ 3,62, encolheu 4,48%.

Os postos de combustíveis nos municípios de Nortelândia e Arenápolis, já estão praticando os novos preços em suas bombas.





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