Morador de rua, caso de polícia

Em Cuiabá, a situação dos moradores de rua vem se caracterizando mais como um problema de polícia do que uma questão social e de saúde pública. Sem políticas voltadas ao atendimento dessa população, recorrer à Segurança Pública é o caminho mais fácil para quem se sente incomodado com a presença ou é vítima de delitos praticados por pessoas que vivem nas ruas.

O vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas(CDL), Célio Fernandes, diz que uma série de fatores leva pessoas a essa condição: a crise econômica, a falta de estrutura familiar, o uso de drogas, entre tantos outros.

Entretanto, diz, não se pode fechar os olhos, ignorar a demanda. “Eles estão aí, não são pessoas invisíveis e temos de reconhecê-los como um problema de todos, do poder público e da sociedade”, analisa.

Para o dirigente lojista, políticas públicas precisam ser desenvolvidas com urgência como forma de contrapor essa invisibilidade. “Só aparecem quando cometem crimes, é isso que acontece hoje”, reclama. Célio Fernandes vai além, assinala que com tantos movimentos sociais em voga não sabe por que não há nada voltado às pessoas que estão nas ruas. “Demonstram mais preocupação com os animais que estão soltos, abandonados. Deve ser mais fácil lidar com essa questão”, conclui. (AA)