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Cidinho participa de audiência com ministro e defende o desbloqueio da BR 364
Os trechos das rodovias de Mato Grosso que estavam bloqueados por indígenas e caminhoneiros estão totalmente liberados. Após encontro marcado com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, os índios interromperam o protesto e os caminhoneiros também o fizeram conseqüentemente.
O clima, no entanto, ainda é de dúvida entre os caminhoneiros. A informação oficial de que o protesto acabou já foi repassada, alguns motoristas, no entanto, temem que a liberação seja parcial. “Estou com minha esposa e meus dois filhos (de 3 e 4 anos). Vou esperar mais um pouco e só vou tentar passar quando tiver certeza. Se estivesse sozinho, já tinha tentado passar”, afirmou Hélio Miranda, 28.
O final da paralisação ficou decidido após o governador Silval Barbosa (PMDB), o senador licenciado Blairo Maggi (PR) e o Senador Cidinho Santos (PR) intervirem junto ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que se comprometeu a ouvir os índios desde que as rodovias fossem liberadas de imediato.
Cidinho Santos criticou a inércia do Governo Federal em resolver o impasse e desbloquear o trecho, liberando o tráfego na BR 364.
Força da Justiça
Caso os índios não recuassem por bem, o Ministério da Justiça atuaria para retirá-los do local. O encaminhamento foi sugerido pelo ministro da Justiça, em comum acordo com os líderes de Mato Grosso.
"Se eles (índios) não recuarem hoje ainda, amanhã sequer acontecerá a reunião com o ministro que, inclusive, já adiantou a possibilidade de um pedido de reintegração de posse no caso da insistência dos indígenas nesse bloqueio nas rodovias federais", adiantou Maggi à reportagem após sair da reunião.
Por interferência do governador e dos parlamentares, o ministro concordou em abrir receber representantes indígenas em reunião nesta sexta-feira, às 10 horas, no ministério.
“Já tivemos muitos prejuízos e não só econômicos, mas também de ordem e até sociais. Os índios alegam que estarão perdendo área de reserva quando na verdade o Governo está cumprindo uma determinação do STF", esclarece.
Índios das etnias Pareci, Umutina, Miki, Manoki, Bakairi, Bororo e Xikitan participam do bloqueio desde terça-feira (28). Eles protestam contra a portaria número 303 da Advocacia Geral da União (AGU). “Nós tentamos resolver isso de todas as formas, não queríamos bloquear a rodovia, essa era a última opção, mas o governo não nos ouviu”, afirmou Kezoma Pareci, um dois índios da coordenação do bloqueio da BR - 364 em Mato Grosso, no km 360, entre Cuiabá e Rondonópolis.
Dentro os pontos que os índios mais questionam na portaria estão a autorização para a redução de áreas indígenas já demarcadas e o aval para a exploração dos recursos naturais nessas áreas sem autorização dos índios. “Isso fere a Constituição. E a AGU não pode legislar, ela está legislando nessa causa. O que a AGU tem que fazer é cumprir as leis já existentes”, completa.
O senador José Aparecido dos Santos, Cidinho (PR), defendeu na tribuna do Senado nesta quinta-feira (30) que o governo federal exerça seu poder não deixe mais que índios bloqueiem rodovias e atravanquem a economia do país.
“O que os índios querem negociar é inegociável. Essa portaria foi feita pela AGU [Advocacia Geral da União] com base no entendimento do STF [Supremo Tribunal Federal] sobre Raposa Serra do Sol. A AGU apenas criou um marco regulatório que é constitucional”, afimou o parlamentar em entrevista ao Olhar Direto.
Para Cidinho, os indígenas foram insuflados por organizações não governamentais para fazerem a manifestação. “As Ongs motivaram esses índios a fazerem isso”, acusou o republicano.
“A Eucatur está com 3 mil passageiros presos entre Mato Grosso e Rondônia. Os Frigoríficos já estavam parando porque não tinham como transportar essa carne. Essa situação traz transtornos para todo mundo”, afirmou.
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