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Terça - 27 de Junho de 2017 às 13:31
Por: Camila Cervantes/RD News

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Secretário estadual de Comunicação Kleber Lima nega eventual crise na Polícia Militar
Secretário estadual de Comunicação Kleber Lima nega eventual crise na Polícia Militar

O secretário estadual de Comunicação, Kleber Lima, explica que não há crise na Polícia Militar e que o governo não conhece até agora os fundamentos das prisões do coronel Alexandre Correa Mendes e o diretor de Inteligência da PM, tenente coronel Victor Paulo Fortes, acusado pelo governador Pedro Taques (PSDB) de vazar informações sigilosas de um inquérito policial militar, que apura grampos ilegais no Estado.

Kleber afirma que o governo logo após as prisões já se posicionou e, foi nesse momento, que informou que a troca do Comando Geral da PM ocorreria ontem (26).

“O problema é que o novo comandante, coronel Marcos da Cunha, é residente no interior do Estado, embora estivesse atuando em Cuiabá como secretário-adjunto na Segurança Pública, a família dele estava no interior e ele foi para lá. Outros coronéis que comporão a cadeia de comando junto com ele também vieram do interior”, explica em entrevista à Rádio Capital, nesta terça (27).

Segundo ele, essa foi a primeira razão da primeira transferência. Como não foi possível realizar a solenidade ontem, o governo ainda nesta segunda, através da Sesp, remarcou para quarta (28). Entretanto, ontem à tarde numa reunião do Conselho de Coronéis, inclusive com a presença do secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, a cerimônia foi remanejada para quinta (29).

O secretário ressalta que isso não significa que houve rebelião, crise, ou que a PM está dividida. “São datas, apenas segunda, quarta e quinta, pronto. Então na quinta ocorrerá a transmissão de comando, onde o coronel Jorge Luiz de Magalhães passará o comando para o coronel Cunha e este empossará todos os novos membros”, justifica.

Apesar de o secretário negar que haja crise na Polícia Militar, o Conselho de Coronéis emitiu nota na qual informou que decidiu transferir a data de posse do novo comandante-geral, porque o divulgado pelo governo foi feito sem consulta prévia à corporação.

De todo modo, Kleber diz que a escolha dos novos membros que integrarão o Comando Geral foi feita pelo Conselho. “O coronel Cunha goza de grande prestígio da tropa. Ele começou como soldado, e chega ao posto máximo da corporação, que é o de comandante-geral. Então não há o que se falar em crise de relacionamento com a Polícia Militar, porque as mudanças de datas devem ser realmente democráticas.”

Então não há o que se falar em crise de relacionamento com a Polícia Militar, porque as mudanças de datas devem ser realmente democráticas

Nesta linha, o secretário classifica como absurdas as declarações feitas pelo major Wanderson Nunes de Siqueira, presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar do Estado (Assof). “Ele está querendo criar uma crise na Polícia Militar. Não é o governador Pedro Taques, não é o governo, é o coronel Wanderson, sabe-se lá motivado por quais interesses.”

Ocorre que Wanderson disse que o vazamento da informação em que estariam envolvidos o chefe da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, o adjunto, Ronelson Jorge Barros, o tenente-coronel Januário Batista e ainda o cabo Euclides Torezan, todos presos na última sexta (23), teria sido responsabilidade de dois secretários estaduais, o José Adolpho, da Casa Civil, e coronel Siqueira, da Sejudh.

Neste sentido, Kleber revela que Wanderson é primo-irmão do coronel Siqueira, “e curiosamente a associação que ele preside só se manifestou até agora a prisões de pessoas que não são ligadas diretamente com o governo”. “Então na minha opinião, ele usa essa situação que é delicada da investigação sobre os grampos que teriam ocorrido no Estado, para fazer marcação de posição política contra o governo.”

Diante disso, Kleber diz que não é um presidente de associação que vai colocar em “xeque” quatro autoridades, como o governador e secretários. “Eu imagino que, como coronel de polícia, como presidente de uma associação de classe, o coronel Wanderson merece, sim, respeito e o que ele fala merece consideração. Agora, quando falam três secretários e o governador, merece muito mais consideração”, conclui.





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