Tangará: SEMA alerta para início do período proibitivo de queimadas
Em entrevista à Rádio Pioneira, Jeferson Zucchi, Diretor Regional da Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMA em Tangará da Serra, fez um alerta à população sobre o início do período proibitivo de queimadas.
Segundo Zucchi, a SEMA atua de forma rotineira com ações de fiscalização e licenciamento durante todo o ano, mas essas fiscalizações são intensificadas nos períodos de Piracema e Proibitivo de Queimadas.
“Saímos da Piracema no final de janeiro e agora temos o período proibitivo de queimadas. Então fazemos o alerta à população para não se fazer uso do fogo nesse período devido as condições climáticas serem bastante favoráveis a distribuição, disseminação de focos de calor”, disse.
De janeiro a junho deste ano, Mato Grosso lidera o ranking de focos de incêndio no país, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao todo, até o dia 30 de junho foram registrados 5,1 mil focos em municípios do estado.
Tangará da Serra ocupa o 4º lugar entre os 10 municípios no Estado com maior registro de focos de calor. Mas, de acordo com Jefferson Zucchi, comparado ao mesmo período do ano passado, houve diminuição de focos.
“Apesar de haver uma redução em relação ao mesmo período no ano passado, de 1º de janeiro a 4 de julho, ocupamos lugar de destaque no Estado com 1.631 focos registrados até o momento. Tangará tem uma particularidade que seu território é mais de 50% ocupado por terras indígenas, então vale destacar que desse registro, 1.566 estão localizados dentro de terras indígenas, das quais o órgão estadual não fiscaliza. Em relação ao ano de 2016, foram 1.906 focos, ocupávamos o primeiro lugar nesse mesmo período”, disse.
Mesmo com a redução, o alerta para o período proibitivo continua, conforme Zucchi. “Apesar dessa pequena diminuição, são muitos focos de calor, então a gente pede e alerta que a população não use o fogo para limpar suas áreas, para auxiliar em desmatamento, enfim, porque isso configura crime ambiental e identificando a prática, a pessoa será autuada e encaminhada à Delegacia para responder pela prática de crime ambiental, além de multa”.
De acordo com o diretor, a multa varia entre 1 mil reais por hectares em áreas que seriam passiveis de exploração e 5 mil reais em áreas de reserva ou preservação permanente. “Nós realizamos monitoramento via satélite e por diligências. E como estamos entrando no período proibitivo essas fiscalizações são intensificadas”.
A SEMA destaca ainda que no perímetro urbano as queimadas são permanentemente proibidas o ano inteiro. “Além da terra indígena, o que nós temos destaque aqui são alguns assentamentos onde o fogo se inicia como prática de limpeza, limpeza de fundo de quintal, queimar folhas e acaba sendo conduzido pelo vento até a mata, fugindo do controle. Por isso pedimos que a pessoa não faça a prática do uso do fogo em qualquer situação, tendo em vista que essas folhas, galhos, podem servir de matéria orgânica para uma horta, servindo de adubo. Pedimos inclusive aos pescadores que forem para rio nesse período, não fazerem fogo para cozinhar ou se fizer, ter certeza que estará extinguido antes de sair para que não acabe sendo foco de um início de queimada”, concluiu o diretor.
Comentários