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Segunda - 07 de Agosto de 2017 às 09:17
Por: Wesley Santiago / De Barra do Barças - Jardel P. Arruda

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O secretário de Cidades, Wilson Santos (PSDB), diz que avisou sobre o esquema de corrupção no mandato do ex-governador Silval Barbosa. O tucano lembrou, durante entrevista em Barra do Garças, onde acontece mais uma edição da ‘Caravana da Transformação’, que “eu já sabia do modus operandi dele. Não me causou surpresa alguma”. Porém, na ocasião em que levantou os fatos, “fui derrotado nas eleições”.

“Tudo que o Silval falou em delação exige prova. Se você pegar o último debate nosso, de setembro de 2010, eu dizia olhando no olho dele que a eleição dele representava a continuidade da corrupção em Mato Grosso. Eu já tinha informações, sabia do modus operandi dele. Tentei alertar e chamar a atenção da sociedade, mas infelizmente ele era apoiado por um governo, até então, bem avaliado”, explicou Wilson.

Para o tucano, a confissão do governador já era algo esperado por ele: “Não me causou surpresa alguma que ele se transformasse em réu confesso, ter assumido que era comandante de uma organização criminosa. Eu alertei a sociedade, ele foi a continuidade da corrupção. Repito, alertei isto em debates, sabia que faria mal ao Estado de Mato Grosso”.

Por fim, argumentou que “a sociedade também comete erros. Foi um erro enorme a eleição dele. Não conheço a delação e não sei até que ponto envolve o ministro Blairo Maggi. O que sei são os crimes que ele confessou, que cometeu. Todos estão na expectativa de saber o que vem por aí”.

Investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) revelam que Silval foi o principal responsável pelo desvio de R$ 7 milhões das contas do Intermat (Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso), no final de 2014.

As investigações do Ministério Público apontaram que no ano de 2002, o empresário Filinto Correa da Costa negociou com o Governo do Estado uma área de aproximadamente 3,240 hectares pelo valor de R$1,8 milhões.

Ocorre que, no ano de 2014, 727 hectares dessa mesma área foram novamente vendidos ao Governo, dessa vez pelo valor de R$7 milhões. Filinto da Costa foi denunciado pelo crime de peculato. O ex-governador confessou os crimes à juíza Selma Arruda.





Fonte: Olhar Direto

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