COBRANÇA DE "DÍZIMO"
Secretário afirma que não vai dar dinheiro para deixar o PSB Chefe da Casa Civil, deputado Max Russi diz que Valtenir Pereira faz política "beneficiando família"
O secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi (PSB), afirmou que não irá pagar nenhum valor cobrado pelo presidente regional do PSB, deputado federal Valtenir Pereira, para que possa, com outros dissidentes, se desfiliar do partido antes da janela da infidelidade partidária, em março de 2018.
Valtenir condicionou a liberação do grupo do ex-prefeito Mauro Mendes para se filiar a outra sigla ao pagamento de uma dívida do chamado dízimo partidário.
Segundo ele, o valor chega a R$ 230 mil e corresponde a 10% do salário bruto dos deputados estaduais Eduardo Botelho, Adriano Silva, Mauro Savi, Oscar Bezerra e Max Russi.
Em conversa com a imprensa, na semana passada, Max afirmou que irá esperar até março para deixar o PSB.
“Vou esperar até março. Ele [Valtenir] me impediu de sair do partido, então vamos esperar março. Ele falou que, se negociar, se acertar, liberava, mas não vou dar dinheiro para sair de partido. Vou esperar março e saio”, disse.
O secretário, que está licenciado da Assembleia Legislativa por conta do cargo no Governo, criticou Valtenir pela forma como está conduzindo o partido, desde julho deste ano.
Para Max, o correligionário faz política beneficiando somente quem concorda com ele.
“Eu contribuí com o PSB, fui eleito pelo partido, contribuí muito. Estou saindo em protesto à forma como Valtenir conduz o partido. Não tem condição de fazer política com quem não escuta, com quem não dialoga, não ouve ou quem quer mandar. Esse tempo não funciona mais”, afirmou.
“Eu trabalho a política da conquista. Infelizmente, a forma como Valtenir está conduzindo e conduziu o PSB é beneficiando família, beneficiando algumas pessoas que seguem a bíblia dele, não aceitando a diferença. Não é a forma como eu trabalho”, disse.
Apesar disso, o secretário preferiu não revelar para qual partido deve seguir.
Nos bastidores, especula-se que ele não siga a maioria dos dissidentes do PSB, que deve ir para o Democratas (DEM).
Entre as possibilidades, está o PSDB, do governador Pedro Taques.
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