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Ciência/Pesquisa
Domingo - 11 de Fevereiro de 2018 às 17:20
Por: Extra

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Um mistério relacionado a um episódio importante da História do Egito, a 1,1 mil anos antes de Cristo, intriga cientistas até hoje.

Trata-se da "Múmia Gritando", que mexeu com o mundo da arqueologia ao ser descoberta. A múmia de boca aberta, que tinha uma expressão de agonia, como se estivesse gritando, destoa completamente dos demais processos de mumificação à época.

Uma teoria aponta que o mumificado tenha sido o príncipe Pentawere, filho de Ramsés III com Tiy, uma das suas esposas. Estudos apontam que Pentawere e Tiy conspiraram para tomar o trono no Egito. O faraó teria sido assassinado com um corte na garganta. O crime teria ligação com o filho e com a consorte.

Múmia do faraó Ramsés III, que teve a garganta cortada Múmia do faraó Ramsés III, que teve a garganta cortada Foto: Reprodução/British Medical Journal Um julgamento condenou ambos à morte. Pentawere não foi mumificado da forma tradicional, mas feito em um "ritual impuro", segundo os cientistas, o que indica que foi uma forma de punição por participar da conspiração.

O corpo foi coberto de pele de carneiro, uma ação que indica que a pessoa cometeu um ato doloso.

"No Egito antigo, cobrir um corpo com pele de carneiro significa que ele era impuro, que tinha feito algo ruim na vida", comentou Zahi Hawass, do Conselho Superior de Antiguidades do Egito, segundo reportagem do "Sun".

A mumificação "dolorosa" de Pentawere, ao contrário dos demais processos, foi feita para garantir que ele não tivesse uma vida em outro mundo, como acreditavam os egípcios.

Porém, destacou Hawass, há dois movimentos claros no caso.

"Por alguma razão, houve uma tentativa de garantir que ele não tivesse uma vida após a morte. Por outro lado, alguém cuidou dele, com a intenção de reverter isso", comentou ele.

Pela primeira vez, a "Múmia Gritando" será exposta em museu do Cairo (Egito).





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