CARGA TRIBUTÁRIA
Não há possibilidade de criação de imposto para financiar segurança, diz Meirelles Ministro reafirma que governo não trabalha com nenhum aumento de impostos neste ano.
Não há possibilidade de criação de imposto para financiar a segurança pública, afirmou nesta quinta-feira (22) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acrescentando que o governo não trabalha com nenhum aumento de impostos neste ano.
"Não há a menor possibilidade de fazer isso (criação de imposto de segurança). Isso não está em estudo no governo, não está em estudo no Ministério da Fazenda", disse em entrevista.
Meirelles também afirmou que a não aprovação da reforma da Previdência em 2018 vai demandar corte equivalente de despesas em outras áreas da administração no próximo ano, sem especificar os montantes envolvidos.
Nesta semana, o governo jogou a toalha em relação à proposta devido à decisão pela intervenção federal no Rio de Janeiro, que não permite mudanças constitucionais enquanto estiver em vigor.
Para Meirelles, é importante que a alteração das regras previdenciárias volte à mesa assim que finalizado o período de intervenção.
"De fato temos que aguardar o encerramento da intervenção que, espera-se, pode até ocorrer quem sabe a tempo de votar a Previdência ainda esse ano", disse.
O ministro também defendeu a decisão pela intervenção como "absolutamente necessária", com o presidente Michel Temer agindo "no melhor interesse público".
Questionado sobre projeto de autonomia para o Banco Central, Meirelles se posicionou a favor da investida, destacando que com isso o BC poderá implementar sua política de forma independente, com maior credibilidade, conseguindo controlar a inflação com maior eficácia e taxa de juros mais baixa
Candidatura
Em relação à candidatura à Presidência da República, o ministro voltou a dizer que tomará uma decisão a respeito até abril. Quando perguntado se toparia continuar à frente da Fazenda num próximo governo, ele sinalizou que descartaria eventual convite.
"Eu acho que essa etapa do ministro da Fazenda é uma etapa cumprida, como eu tive lá atrás, também fui oito anos presidente do BC", disse.
"Estamos agora contemplando essa nova etapa de uma possível candidatura a presidente da República, que eu não estou pensando nisso agora, como tenho dito.
Mas certamente dentro de 40 dias, um pouco mais, estaremos tomando essa decisão de continuar o serviço público, mas aí ampliando bastante o escopo de ação e podendo colaborar com o país, servir o país de uma forma mais eficaz, mais abrangente", acrescentou.
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