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Comportamento
Sábado - 24 de Fevereiro de 2018 às 20:04
Por: Folhamax

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Uma professora indiana de 49 anos encontrou uma forma improvável de reviver suas memórias do filho, morto de um câncer de cérebro. Com a ajuda de uma mãe de aluguel de 35 anos, Rajashree Patil conseguiu usar o esperma armazenado de seu filho para gerar dois bebês gêmeos - seus novos netos, uma menina e um menino.

Ela conta que esse foi o jeito que encontrou de "se manter perto do filho de alguma forma". Depois de ter se formado em Engenharia na Sinhgad College of Engineering, na Índia, o filho de Rajashree se mudou para a Alemanha em 2010 para fazer o mestrado.

Em 2013, acabou diagnosticado com um tumor agressivo no cérebro e morreu em 2016. Mas o sêmen dele havia sido armazenado e, depois da morte do rapaz, foi usado em uma barriga de aluguel, dando a possibilidade de Rajashree ser avó. "Agora eu tenho meu filho de volta", disse Rajashree Patil à BBC.

"Eu era muito ligada ao meu filho. Ele era um aluno brilhante e estava fazendo mestrado quando foi diagnosticado com um tumor que já estava num estágio avançado no cérebro", conta a mãe.

Segundo ela, foram os médicos que pediram a Prathamesh que armazenasse o sêmen antes do início da quimioterapia e da radioterapia. Isso porque tratamentos como a radio e a quimioterapia podem provocar infertilidade.

Prathamesh não era casado e deixou a mãe e a irmã, Dnyanashree, como responsáveis pelo esperma, que foi guardado após a morte dele.

O sêmen preservado foi então usado para fertilizar um óvulo de uma doadora anônima. E o embrião foi implantado em uma parente próxima, por fertilização in vitro.

Rajashree conta que se recusou a prolongar o luto e, em vez disso, usou o sêmen do filho para "revivê-lo" em um neto - no caso, vieram dois.

Os gêmeos nasceram em 12 fevereiro e Rajashree deu o nome do filho ao menino e escolheu Preesha (que significa presente de Deus) para a menina.

O médico Supriya Puranik, especialista em fertilização in vitro do hospital Sahyadri, onde foi feito o procedimento, disse que se tratou de uma ação de rotina, mas este caso era único, por se tratar de "uma mãe entristecida que queria recuperar seu filho a qualquer custo". "Ela foi extremamente positiva durante toda a gravidez", disse Puranik.





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