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Quinta - 12 de Abril de 2018 às 11:54
Por: Diário de Cuiabá

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Cadastro atualizado do Ministério do Trabalho traz o nome de 11 empregadores de Mato Grosso na relação de empresas e propriedades rurais que submeteram trabalhadores a condições análogas às de escravo, a chamada “Lista Suja”. A publicação datada do último dia 10 deste mês, ocorreu após decisão judicial proferida pela 11ª Vara do Trabalho de Brasília em ação do Ministério Público do Trabalho.

A União tinha até o dia 27 deste mês para publicar a lista atualizada. O descumprimento implicaria multa diária de R$ 10 mil. No geral, a lista tem 166 nomes, sendo 34 novos nomes de pessoas físicas e jurídicas que foram responsáveis por 269 trabalhadores em situação análoga a de escravo. Desse total, 73 no Estado.

Além de Mato Grosso, estão empresas e proprietários de fazenda localizadas em estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Pará, Bahia, Paraná, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Do Estado, estão incluídos Fazendas Flexas e Piuva, que fica em Santo Antônio do Leverger (4 trabalhadores), Carlos Lopes - responsável por obra – Rodovia MT 251 (4), Gleba Lote, na zona rural de Feliz Natal (8), Fazenda Rio Dourado, em Poxoréo (5), Fazenda Colorado, em Sorriso (4), Sítio Boa Esperança, em Maputá (15), Cachoeira, em Itiquira (12), Fazenda Alan (7), em Itanhangá e fazendas Bragatti III/Gleba Mandacaru (8), União III (1), Eucaflora (5), estas três em Paranatinga (5).

No ano passado, 78 trabalhadores que se encontravam em situação análoga à escravidão foram resgatados, no Estado. O estado ocupa o segundo lugar na lista do Observatório Digital do Trabalho Escravo entre unidades da federação onde auditores-fiscais do trabalho mais resgataram trabalhadores, entre 2003 e 2017, atrás apenas do Pará, e à frente de Goiás e Minas Gerais.

Elaborada pelo Ministério Público do Trabalho, a lista do Observatório indica que, entre o lançamento do I Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, em 2003, e abril de 2017, 43.428 trabalhadores foram resgatados. Quase 62% dessas pessoas se identificaram como negras, pardas, mulatas ou mestiças, 95% eram do sexo masculino, 32% eram analfabetos e 40% tinham estudado apenas até o 5º ano do ensino fundamental.





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