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Politica Brasil
Sexta - 24 de Agosto de 2012 às 13:08
Por: Rose Mary de Souza

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Os candidatos a vice-prefeito de Campinas, em São Paulo, participaram de um debate organizado pelo Grupo Bandeirantes na noite da última quinta-feira e questionaram Saadi (PMDB), que integra a chapa do atual prefeito, Pedro Serafim (PDT) - que tenta a reeleição-, sobre a situação atual da cidade. Eles relataram falta de infraestrutura, atendimento médico, vagas em escolas e transporte deficitário. "Enquanto estive na Câmara de Vereadores, lutei para conduzir os trabalhos e votei pela retirada dos dois. Essa nova administração saneou a prefeitura", falou Saadi, ao se referir aos ex-prefeitos cassados na cidade por suspeitas de corrupção.

Adriana Flosi, candidata a vice de Márcio Pochmann (PT), foi criticada pela vinculação do seu partido com um dos ex-prefeitos cassados. "Renovação, representamos a renovação", disse ela, ponderando que a chapa representa a união dos setores produtivos da cidade. O fogo foi dirigido também a Paulão (PSDB), candidato vice de Jonas Donizette (PSB). Das sete chapas que concorrem ao pleito, os dois vices mais bem posicionados na pesquisa Ibope/EPTV de 27 de julho tiveram suas candidaturas impugnadas e estão recorrendo à Justiça Eleitoral.

Paulão é um deles. Ele foi questionado pela Justiça Eleitoral sobre contratos com uma fundação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Saadi (PMDB) teve que dar explicações sobre sua gestão de presidente da Câmara, quando autorizou aumento nos vencimentos dos vereadores acima da dotação do orçamento.

Nas últimas legislaturas, os vices tiveram que assumir o cargo de prefeito devido a uma série de problemas em Campinas. Em 1996, o então prefeito Magalhães Teixeira (PSDB) morreu vitima de um câncer e deixou o seu posto para o vice, Edvaldo Orsi. Em 2000, Chico Amaral concluiria seus quatro anos de mandato, mas em setembro de 2001 o prefeito Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, seria assassinado e seu cargo assumido por Izalene Tiene, que concluiria o mandato legislativo.

O então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) assumiu em 2005 e chegou ao segundo mandato em 2009, mas não conseguiu termina-lo. Em agosto de 2011, ele foi cassado após a instalação de uma comissão processante baseada em denuncias de fraudes e direcionamento de licitações com envolvimento de sua mulher, a chefe de gabinete Rosely Nassin Jorge Santos.

Conforme o Ministério Público (MP), além de Rosely, outras pessoas do primeiro escalão e empresários proprietários de empresas vencedoras de licitações estavam envolvidas em irregularidades. Com o afastamento de Hélio, o seu vice, Demétrio Vilagra (PT), assumiu e ficou somente por quatro meses, sendo cassado em dezembro.





Fonte: Terra

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