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Concursos/Empregos
Quinta - 25 de Abril de 2019 às 09:13
Por: Marianna Peres/Diário de Cuiabá

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Mato Grosso foi o estado que mais demitiu em março, no Centro-Oeste, ao eliminar 4.589 postos de trabalho formal, aqueles com carteira assinada. Os cortes superam o registrado em igual mês de 2018, quando 3.018 postos foram extintos. Nessa comparação anual as demissões cresceram 52%.

Março foi até o momento, o único mês do ano a fechar com saldo negativo, ou seja, mais se demitiu do que se contratou. Contribuíram para o pior resultado do Centro-Oeste o setor do comércio, que eliminou 1.115 postos e a agropecuária com outros 3.789 cortes. Das cinco principais atividades econômicas, só serviços e construção civil com resultado positivo, 179 e 108 novos postos gerados. Os dados foram divulgados ontem no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), via Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia,

Os cortes na oferta de trabalho derivam das contratações e demissões. Os desligamentos superaram as admissões, foram 34.596 desligamentos para 30.007 recrutamentos.

No Centro-Oeste, Mato Grosso teve o pior desempenho. Goiás e Mato Grosso do Sul fecharam o mês de março com o nível de empregabilidade positivo, 2.712 novas vagas e 526 novos postos, respectivamente. O Distrito Federal eliminou 355 frentes formais.

Por município, Cuiabá foi o maior gerador de novas vagas no mês passado com a criação de 194 vagas, seguido por Várzea Grande com 70 e Campo Verde com 57.

No primeiro trimestre, a oferta de empregos formais foi reduzida no Estado, apontando queda de 28,78% em relação ao saldo contabilizado em igual momento do ano passado. De janeiro a março desse ano foram geradas 8.863 novas vagas contra 12.445 em igual intervalo de 2018.

O saldo de 8.863 novas vagas é o resultado da movimentação de contratados e demitidos no período, o que segundo o Caged foi de 106.292 e 97.429, respectivamente.

Nesse acumulado se destacam na geração de novos postos de trabalho no Estado o setor de serviços, como maior empregador, com 4.364 postos criados, seguido pela agropecuária com outros 2.703 postos, a indústria com 1.223 vagas e o comércio com outras 670 frentes geradas.

BRASIL - Foram fechadas 43.196 vagas de emprego, consequência de 1.261.177 admissões e 1.304.373 desligamentos. O resultado, no entanto, não altera a tendência de retomada gradual da economia, já que no acumulado do ano (janeiro a março) houve saldo positivo de 179.543 vagas.

O resultado negativo deste mês tem relação direta ao observado em fevereiro, quando houve saldo positivo de 173.139 vagas, acima das expectativas. Os setores que normalmente admitiam nesta época do ano anteciparam as contratações para fevereiro, e aqueles que demitiam concentraram as demissões em março. O fato provocou tendências opostas entre os meses.

No acumulado do bimestre (fevereiro e março), o saldo de 129.943 empregos é superior ao verificado em 2018, quando foram geradas 117.339 vagas formais. Também houve crescimento nos últimos 12 meses, com a criação de 472.117 postos de trabalho, um aumento de 1,24% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

No mês, houve perda acentuada de vagas no Comércio (-28.803), seguido da Agropecuária (-9.545), Construção Civil (-7.781), Indústria de Transformação (-3.080) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-662). Três setores tiveram resultado positivo em março: Serviços, Administração Pública e Extrativa Mineral. Nos serviços, foram criados 4.572 empregos, impulsionados pelo subsetor de Ensino, que abriu 11,7 mil vagas, e pelo de Transporte e Comunicações, que gerou 7,1 mil novos postos. A Administração Pública teve o segundo melhor resultado para o mês, com a geração de 1.575 vagas, acompanhada pela Extrativista Mineral, que abriu 528 vagas.

O emprego foi positivo em oito estados: Minas Gerais (5.163 postos), Goiás (2.712), Bahia (2.569), Rio Grande do Sul (2.439), Mato Grosso do Sul (526), Amazonas (157), Roraima (76) e Amapá (48). Os maiores saldos negativos foram registrados em Alagoas (-9.636 postos), São Paulo (-8.007), Rio de Janeiro (-6.986), Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638).

REGIONAL - Entre as regiões, a maior queda ocorreu no Nordeste, com o fechamento de 23.728 vagas de emprego formal. No Sudeste, foram encerrados 10.673 postos, no Norte, 5.341, no Sul, 1.748, e no Centro-Oeste, 1.706.





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