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Domingo - 06 de Outubro de 2019 às 07:08
Por: Diego Frederici/Folha Max

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O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Sebastião Barbosa de Farias, negou o pedido de quebra do sigilo bancário de Marcelo Piccini Geller, filho do deputado federal Neri Geller (PP-MT). Ele é suspeito de ter doado R$ 942 mil a 7 candidaturas nas eleições de 2018 – incluindo a de seu pai -, e não ter declarado os recursos à Justiça Eleitoral.

Em decisão do dia 20 de setembro de 2019, o desembargador explicou que as informações já disponíveis para análise do pedido do Ministério Público Eleitoral, autor da denúncia, já são suficientes neste momento para apreciar o caso. Entre esses dados o magistrado citou a quebra do sigilo bancário de Neri Geller, já realizada pelos órgãos de controle. “No caso dos autos, entendo que a medida não se mostra proporcional ao fim almejado, uma vez que as informações veiculadas no feito, notadamente a Declaração de Imposto de Renda de Marcelo Piccini Geller, a Declaração de Bens do investigado Neri Geller e as informações disponibilizadas pelas instituições financeiras em cumprimento à decisão que determinou a quebra do sigilo bancário do requerido, são, neste momento processual, satisfatórias para uma análise global da movimentação financeira”, explicou o desembargador.

De acordo com informações do processo, dos R$ 942 mil, cerca de R$ 50 mil teriam sido declarados por Neri Geller como uma doação a própria campanha. Outros seis candidatos se beneficiaram com os recursos. “A análise inicial das informações bancárias disponibilizadas pelas instituições financeiras revelou que Marcelo Piccini Geller como verdadeira fonte das doações financeiras formalizadas pela pessoa física do Requerido, não só em proveito da própria campanha R$ 50.000,00 , mas, sobretudo, para o apoio da dobradinha com outros 06 candidatos a deputado estadual, no total de R$ 942.000,00”, revelam os autos.

A decisão do juiz informa ainda a data da oitiva do deputado estadual Elizeu Nascimento (DC), testemunha do processo. Ele deverá depor no próximo dia 15 de outubro.

O processo continua tramitando na Justiça Eleitoral. Neri Geller é suspeito de abuso de poder econômico e no caso de uma condenação pode perder o seu mandato.





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