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Politica Brasil
Quarta - 15 de Agosto de 2012 às 20:14

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O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), divulgou nota nesta quarta-feira (15) em que "cumprimenta" a presidente Dilma Rousseff por ter "por ter aderido ao programa de privatizações", segundo ele, "há anos desenvolvido pelo partido". Mais cedo, Dilma lançou no Palácio do Planalto o Programa de Investimentos em Logística: Rodovias e Ferrovias, para repassar à iniciativa privada a construção, operação e exploração de estradas e linhas de trem para alavancar os investimentos em infraestrutura no país, previstos em R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos.

 

Oficialmente, a medida é classificada como concessão dos serviços públicos. Durante e após o evento, a presidente usou também o termo "parceria" e disse que, com o programa, está "tentando consertar alguns equívocos cometidos na privatização das ferrovias".

Na nota, Guerra diz que o PSDB lamenta o "atraso" das medidas, mas que "esta mudança de rumo adotada pelo governo significa avanços para o país". "Sabemos que a presidente poderá ser cobrada por adotar medidas opostas às que defendeu em sua campanha eleitoral de 2010", diz a nota em outro trecho. Na disputa de 2010, a propaganda do PT criticou supostas tentativas do governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) de privatizar estatais, como a Petrobras.

O texto assinado por Guerra inicia dizendo que "o PSDB sempre colocou os interesses dos brasileiros acima dos interesses partidários". Ao lamentar o "atraso" das medidas, diz que, "a curto prazo, não poderão atenuar o decepcionante crescimento do PIB brasileiro".

"Esperamos que o improviso e a falta de convicção, por parte do governo e de seu partido, não impeçam a implantação dessas decisões importantes para o Brasil", conclui a nota.

Questão "falsa"
Em entrevista concedida após o lançamento do programa nesta quarta, Dilma foi questionada sobre "privatização" e respondeu que essa era uma "questão absolutamente falsa".

"Eu, hoje, estou tentando consertar em ferrovias alguns equívocos cometidos na privatização das ferrovias. Hoje, eu estou estruturando um modelo no qual nós vamos ter o direito de passagem de todos quanto precisarem transportar sua carga", afirmou a presidente.

Segundo Dilma, o que está sendo feito "é o resgate da participação do investimento privado em ferrovias, mas é também o fortalecimento das estruturas de planejamento e de regulação". Para ela, "ninguém que é dono de uma carga pode controlar uma ferrovia".

Nas próximas semanas, o governo deve anunciar medidas semelhantes para aeroportos e também a renovação das concessões no setor elétrico com objetivo de baratear a oferta de energia.

"Desatar nós"
No discurso, durante a solenidade, a presidente disse que os R$ 133 bilhões previstos para obras do programa de concessão de rodovias e ferrovias "são decisivos para desatar vários nós".

Ela convocou empresários presentes à solenidade, no Palácio do Planalto, a participar do processo. "Investimento, senhores e senhoras, é uma palavra-chave", disse.

A presidente disse reconhecer que a "parceria" do governo com o setor privado é "essencial" para os investimentos. "Não estamos desfazendo de patrimônio publico para acumular caixa. Estamos fazendo parceria com o setor privado para beneficiar a população, saldar uma dívida de décadas de atraso em investimento em logística e sobretudo para assegurar o menor custo logístico possível, sem monopólios", declarou.





Fonte: Do G1

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