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Meio Ambiente
Quinta - 14 de Maio de 2020 às 05:50
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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A elefanta Mara é a mais nova moradora de santuário em Chapada dos Guimarães
A elefanta Mara é a mais nova moradora de santuário em Chapada dos Guimarães

O Santuário de Elefantes Brasil (SEB), localizado em Chapada dos Guimarães (67 km ao Norte de Cuiabá), recebeu, nesta quarta-feira (13), mais uma moradora.

Trata-se da elefanta Mara, que, depois de mais de 2,5 mil quilômetros percorridos, entre a fronteira do Brasil e a Argentina, passou a fazer companhia para Maia, Rana e Lady, que, atualmente, vivem no local, o único do gênero na América Latina.

Logo ao chegar, Mara, que tem entre 50 e 54 anos, passou pelo Centro de Tratamento, onde já havia comida e água preparada, bem como terra para que ela tomasse banho.

“A Mara parece estar um pouco cansada, mas foram vários dias de viagem. Ela parece estar bem e se alimentou bem durante a viagem”, informaram representantes do santuário, em vídeo divulgado nas redes sociais e que mostra a chegada da elefanta em sua nova casa.

A viagem de Mara foi longa. Ela deixou EcoParque de Buenos Aires e cruzou a fronteira, na última segunda-feira (11), depois que o Governo argentino autorizou a passagem, possibilitando que ela chegasse ao destino final.

Devido à pandemia da Covid-19, não foi permitida à presença da imprensa na chegada da elefanta ao santuário.

Divulgação

Elefanta

A viagem de Mara foi longa. Ela deixou EcoParque de Buenos Aires e cruzou a fronteira na última segunda-feira (11)

Até por isso, a chegada dela demorou mais que do previsto, já que a fronteira foi fechada para evitar a proliferação do novo vírus.

A previsão era que acontecesse em abril.

A elefanta atravessou a fronteira entre Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, e Puerto Iguazu, na Argentina, percorrendo um trajeto de 2.750 quilômetros até o Santuário dos Elefantes, que atua há três anos na área que era utilizada para pastagem e, com a chegada dos elefantes, a fauna e a flora da área foram restabelecidas.

O trajeto foi escoltado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e, para a segurança de Mara, a equipe de cuidadores fez paradas na estrada e deu comida e água para ela.

Logo que chegou ao Brasil, ela começou a comer beterrabas, goiabas e abóboras. Ao chegar ao santuário, Mara jogou terra sobre o corpo, antes de deixar totalmente a caixa em que foi transportada.

Os registros existentes sobre Mara indicam que ela nasceu na Índia e, posteriormente, levada a um zoológico, na Alemanha.

Em 1970, foi vendida e trazida para a América do Sul para se apresentar em circos.

Já em 1995, com a aprovação do decreto que proibia a exploração de animais em circos, Mara, já na Argentina, foi enviada para um zoológico em Buenos Aires.

Agora, veio para o SEB, uma organização sem fins lucrativos que vai ajudar a transformar as vidas e o futuro dos elefantes cativos na América do Sul.

Na nova casa, ela se junta às outras moradoras - Maia, Rana e Lady, que já foram acolhidas pelo santuário. A primeira acolhida no local, Guida, e a penúltima, Ramba, morreram no ano passado.

O Santuário de Elefantes possui licença de operação emitida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) para abrigar até seis animais, em uma área de mais de 20 hectares.

Atualmente, as elefantas asiáticas, conhecidas por Maia, Rana e Lady, vivem no empreendimento, que solicitou à Sema ampliação da licença para abrigar até dez animais.





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