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Meio Ambiente
Quinta - 06 de Agosto de 2020 às 14:36
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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nos seis primeiros meses deste ano, as áreas privadas contabilizaram 7.669 focos
nos seis primeiros meses deste ano, as áreas privadas contabilizaram 7.669 focos

Em Mato Grosso, 83,6% dos focos de calor registrados entre janeiro a 31 de julho deste ano ocorreram em propriedades privadas.

Os demais (16,4%) estão distribuídos entre unidades de conservação (UC), terras indígenas (TI) e projetos de assentamento (PA).

No período, o Estado contabilizou um total de 9.176 queimadas, o que o coloca na primeira posição do ranking de focos detectados na Amazônia Legal, de acordo com balanço do Corpo de Bombeiros Militar e do Batalhão de Emergência Ambientais (BEA).

Segundo o levantamento, nos seis primeiros meses deste ano, as áreas privadas contabilizaram 7.669 focos.

Depois, as ocorrências foram concentradas nas terras indígenas com 957 (10,4%) pontos de queimadas, seguidas dos assentamentos com 349 (3,8%) e das unidades de conservação com 201 (2,2%) registros.

Levando em consideração apenas o período de início de proibição de queimadas pelo Governo de Mato Grosso, em 1º de julho passado, o município pantaneiro de Poconé (100 km ao Sul de Cuiabá) lidera o ranking com 393 focos de calor (até 31 de julho).

Depois, vêm Cáceres com 143 ocorrências, Tangará da Serra (120), Gaúcha do Norte (109) e Santo Antônio do Leste (87).

Entre os ecossistemas localizados no território mato-grossense, a Amazônia contabilizou 5.061 focos (53,5%), após o Cerrado com 2.905 (39,7%) e o Pantanal com 1.210 queimadas (6,8%).

Este último bioma é o que mais tem preocupado nos últimos 15 dias, por conta de um incêndio de grande proporção registrado na região de Poconé. A estimativa é de que as chamas já destruíram mais de 60 mil hectares.

Ainda nesta semana, uma equipe de apoio do vizinho Mato Grosso do Sul chega ao território mato-grossense para ajudar no controle do incêndio na região pantaneira.

Devem se juntar às equipes que já atuam no local dez bombeiros vindo do Mato Grosso do Sul, dez fuzileiros navais e dez brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Também está previsto o reforço de três helicópteros das Forças Armadas e outra aeronave de apoio, além da estrutura já empregada pelo Estado.

Ainda não se sabe a origem do fogo no Pantanal. Mas, o bioma enfrenta a maior seca dos últimos 14 anos.

O Rio Paraguai, principal responsável por banhar o Pantanal, está dois metros abaixo da média - seus afluentes também passam por uma situação crítica.

É o resultado de um ano anormalmente seco, onde choveu apenas metade do esperado entre janeiro e maio. Assim, as áreas que deveriam estar inundadas não passam de capim seco.

A prolongada estiagem permitiu o avanço das queimadas, que antes eram inibidas pela vegetação encharcada.

ALERTA – Mato Grosso também está em nível de alerta para umidade do ar (URA).

De acordo com a Divisão de Meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), esta quinta-feira (6) será de muito sol e poucas nuvens em todo o Mato Grosso.

“A massa de ar quente e seco ainda predomina sobre a região dificultando a formação de nuvens de chuva”, informou.

Segundo o Sipam, para hoje, a previsão é de um dia de céu claro a parcialmente nublado para todas as regiões do Estado.

A umidade relativa do ar segue baixa e pode atingir valores mínimos próximos aos 15%, durante a tarde, o que é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como nível de alerta.

A URA considerada ideal é acima de 60%.





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