Devastação do Bioma
Pantanal de Mato Grosso pode ter mais de 400 focos de queimadas Operação lançada em 25 de julho já reduziu 75% dos focos do bioma sul-mato-grossense

O Corpo de Bombeiros Militar estima que pode haver, atualmente, mais de 400 focos de incêndio no Pantanal, em Mato Grosso.

O Governo do Estado lançou, na sexta-feira (7), a operação “Pantanal II”, uma força-tarefa para diminuir os incêndios que já devastaram aproximadamente 66 mil hectares de vegetação do bioma mato-grossense.

A operação é fruto de uma ação conjunta entre o Estado, Forças Armadas, Ibama, Governo do Mato Grosso do Sul e o Sesc Pantanal.

Para o combate são utilizados dois helicópteros e duas aeronaves do CBM-MT, uma aeronave do Ciopaer e outra do Sesc, além de maquinários, sendo alguns apreendidos pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) em fiscalizações de combate às queimadas.

O efetivo empregado na iniciativa é de 31 bombeiros do Estado, 12 bombeiros do Mato Grosso do Sul, 16 fuzileiros navais, além do apoio de 10 brigadistas do Ibama, podendo ter o efetivo aumentado, dependendo das condições encontradas durante a força-tarefa.

Somente para se ter uma ideia do sucesso da primeira fase da operação “Pantanal”, lançada em 25 de julho em Mato Grosso do Sul, 75% dos focos de incêndio do bioma sul-mato-grossense já foram reduzidos.

“Agora, o desafio é a redução dos índices em Mato Grosso, que de acordo com o CBM, pode haver atualmente mais de 400 focos de incêndio no Pantanal”, informou por meio da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (Sesp).

Secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante lembrou que apesar de estar em parte do território mato-grossense, o Pantanal é um patrimônio natural de todos, por isso a integração de forças é importante.

“Há muito tempo, não tínhamos incêndios no Pantanal, isso só veio acontecer depois de 14 anos. Neste ano, Mato Grosso do Sul foi afetado, uma parte da Bolívia e agora os focos estão em nosso Estado. Neste momento, a gente está, por determinação do governador Mauro Mendes, empreendendo todos os esforços para diminuir essas queimadas, afinal de contas o Pantanal é um patrimônio mundial”, disse.

Para o comandante do CBM, coronel BM Alessandro Borges Ferreira, trabalhar de forma integrada já é uma prática comum entre diferentes forças do Estado. “Vale ressaltar a importância dessa integração entre governo Federal, governo estadual e Governo de Mato Grosso do Sul, que vai potencializar a questão logística e pessoal para dar mais eficiência ao nosso combate ao fogo e mitigar o dano ambiental”, disse.

Com assessoria de imprensa da Sesp