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Meio Ambiente
Sexta - 28 de Agosto de 2020 às 14:54
Por: Diário de Cuiabá

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Observatório Pantanal
De acordo com autoridades ambientais, em apenas um mês, foram 380 mil hectares atingidos por incêndios florestais
De acordo com autoridades ambientais, em apenas um mês, foram 380 mil hectares atingidos por incêndios florestais

O fogo continua castigando o Pantanal. São quase um milhão de hectares devastados, afetando toda a biodiversidade do bioma.

Preocupado com essa situação, o senador Wellington Fagundes (PL) defendeu a criação de uma força-tarefa para buscar “ajuda internacional para salvar o Pantanal”.

Ele se reuniu com o presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Eduardo Fortunato Bim, e cobrou a criação de um programa federal de apoio às atividades na região.

Maior planície alagável do mundo, o Pantanal está localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

A região também compreende espaços na Bolívia, Paraguai e Argentina.

Dos 15 milhões de hectares no Brasil, 1,9 milhão já foram atingidos pelo fogo neste ano.

De acordo com autoridades ambientais, em apenas um mês, foram 380 mil hectares atingidos por incêndios florestais.

“O Pantanal é um patrimônio da humanidade. É assim que devemos tratar. Temos, inclusive, que buscar ajuda internacional para preservar essa área importante para o mundo, disse Fagundes, ao enfatizar que muitas espécies estão ameaçadas, neste momento, pelos incêndios.

Líder do Bloco Parlamentar Vanguarda, Fagundes cobrou do Ibama, como principal órgão do Ministério do Meio Ambiente, um estudo conjunto sobre as ocorrências no Pantanal.

Segundo ele, somente com pesquisas aprofundadas – trazendo à luz a participação também do pantaneiro – será possível livrar o Pantanal de acontecimentos como agora. E, com isso, também incentivar a prática do turismo, considerado gerador de fonte de renda e emprego.

Esse programa deve abranger, de acordo com o senador, toda a cadeia de atividades pantaneira, como os criadores de gado e os donos de proriedades turisticas, como hotéis e pousadas.

“Todos precisam estar integrados dentro de um programa liderado pelo Governo Federal”, disse.

Sem isso, ele acredita que o fogo continuará ardendo no Pantanal nos anos a seguir.

A cada dia, a pecuária na região está sendo menos rentável.

A atividade, segundo Fagundes, perdeu as condições de fazer um manejo ambiental mais adequado e lamentou o fato de a legislação ambiental ter sido elaborada sem ouvir o homem pantaneiro, principalmente.

“Temos que encontrar meios de subsídios, de financiamento, de forma que o homem possa preservar. O pantaneiro, na verdade, preserva o Pantanal”, afirmou.

A situação no Pantanal é considerada a mais crítica dos últimos 22 anos. Não há previsão de chuva para os próximos dias – o que aumenta ainda mais a possibilidade de que o fogo avance sobre a planíciie seca.

O combate aos incêndios florestais está sendo feito por equipes do Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Marinha, Força Aérea Brasileira, Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, Secretaria de Meio Ambiente, Polo Socioambiental Sesc Pantanal e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Pousadeiros e pantaneiros também se juntaram à força-tarefa.

Na operação, estão sendo utilizados um avião Super Cougar (UH-15) da Marinha do Brasil, um Black Hawk (H-60) da FAB, duas aeronaves Air Tractor do Corpo de Bombeiros.

Também estão ajudando no combate aos incêndios aeronave do Sesc Pantanal, camionetes, vans, caminhões pipas, quadriciclos, abafadores, bombas costais, sopradores e Unidade de Resgate Móvel.





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